O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, que entrou nesta segunda-feira na prisão para cumprir uma pena de 19 meses por corrupção, terá um tratamento especial a respeito de sua segurança, pois como ex-chefe de governo é depositário de informações sensíveis.

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Estas são as demais condições de sua prisão, segundo o serviço penitenciário israelense.

Uma ala especial

Olmert, de 70 anos, cumprirá sua pena no bloco 10 da prisão Maasiyahu de Ramla, perto de Tel Aviv.

Como qualquer detido, deve ser fotografado em sua chegada, revistado, examinado por um médico e interrogado por funcionários e um assistente social, antes de ser direcionado a uma cela.

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Este bloco do centro é uma seção especial de 18 lugares reservados àqueles que “não podem estar com o restante da população carcerária”, segundo o serviço penitenciário.

“Devido a sua posição”, Olmert é “suscetível de receber ameaças e estar em perigo”, completa.

Quatro presos – não identificados – já estão detidos no bloco 10. Mas adiante Olmert deverá compartilhar sua cela.

Esta zona conta com seis celas, cada uma com três camas, ducha e toalete, armário, mesa, cadeiras e um televisor, mas com um número limitado de canais. No corredor, há telefones e a ala dispõe de uma sala de descanso, um pátio, salas, uma sinagoga, uma biblioteca e um refeitório.

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Cabines públicas

Olmert deverá ir à sala para telefonar. Se vestirá como quiser no interior da prisão, mas usará o uniforme de cor laranja de presidiário se tiver que sair do recinto penitenciário, segundo a mesma fonte.

Os detidos estão autorizados a levar consigo 1.500 shekels (344 euros, 380 dólares) em espécie, quatro conjuntos de roupa íntima, quatro pares de meias, duas toalhas e duas camisetas.

Também podem trazer uma manta, dois lençóis, livros religiosos, e um xale (talit) para a oração judaica, além de filactérios, pequenos recipientes ou caixinhas de couro onde encontram-se ou são guardadas passagens das Escrituras na religião judaica.

Acordado às cinco

Ehud Olmert será acordado todos os dias às cinco da manhã, para estar presente em uma inspeção às 07H30. Tem o direito de receber e enviar cartas, mas deverá pagar os selos e envelopes.

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O ex-primeiro-ministro poderá pagar até 1.600 shekels (367 euros) ao mês no refeitório, utilizando o dinheiro que sua família poderá enviar à prisão.

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