O palco do jogo Grêmio x Figueirense desta noite me leva a recordar a primeira vez que visitei o Estádio Olímpico. Foi no Campeonato Brasileiro de seleções em 1959, quando Santa Catarina eliminou o Paraná e recebeu o Rio Grande do Sul. O primeiro jogo, em Florianópolis, teve vitória catarinense por 4 a 2. Fomos para o segundo jogo e os gaúchos mandaram buscar no interior o que consideravam o melhor goleiro da época, Suli, que mais tarde foi para o São Paulo. Na rádio Gaúcha, Mendes Ribeiro dizia: “Com Suli no gol, deu pros catarinas”. Teixeira & Cia Um faquir catarinense, cujo apelido era Cacareco, fez uma exibição antes do jogo. Deitou numa cama de prego pontudo, na época era a grande sensação. Ao levantar, puxou uma bandeira de SC e tomou uma enorme vaia. Estádio lotado, nosso time era bom, Teixeirinha se encarregou do show. Vitória de 2 a 0 com ele marcando ambos. O carnaval começou no estádio, foi para a Avenida Borges de Medeiros e entrou na Rua da Praia conm tudo. Uma loucura total. A gauchada acabou participando da festa junto e Suli também não escapou do crivo do Teixeira, com apoio do Valério, Sombra, Zilton, Idésio, Galego, Antoninho, Ivo e companhia. Adversário O grande Grêmio tinha Airton, Áureo, Cléo, Sérgio Lopes, Ortunho, Helton, Milton, Giovani, Juarez e Vieira. Uma máquina. O mesmo não se pode dizer do time atual. Não deixa de ser o Grêmio de Rudy Armin Petry, que considero o melhor de todos os dirigentes. E hoje? Hoje o Olímpico é outro. Maior, mais moderno, porém não deixa de ser o palco favorito dos catarinenses. Lá o Metropol fez festa. Mas levamos ferro feio também em 1967 na Taça Brasil, quando a Perdigão tomou 8 a 2. A responsabilidade do Figueirense de representar bem o nosso futebol é grande. O técnico Valmir Louruz conhece melhor do que ninguém o futebol gaúcho. Sua primeira providência foi escalar três marcadores. Resta saber se haverá alguém para fazer o gol. Clássico do Sul Este embate entre Criciúma e Tubarão, respectivamente vice e líder do Campeonato Catarinense, promete ser dos mais equilibrados e emocionantes dos últimos tempos, renovando a rivalidade que existe entre as duas equipes que já decidiram o Estadual, com vitória do Criciúma. O embate será dentro e fora de campo. De um lado, as torcidas e também os técnicos Milioli e Sarandi, dois homens que sabem o que fazem com seus times. Dentro de campo, o Peixe e o Tigre, equipes qualificadas e que são candidatas este ano. Preparativos Tudo que o Avaí queria para sua estréia em casa no Estadual deste ano. A presença do campeão do ano passado, o Joinville. Empatando fora de casa na primeira rodada, o Avaí estréia na Ressacada esperando de 8 a 10 mil torcedores. Esquema especial de trânsito, segurança e até uma boa preliminar está sendo pensada. A estréia de Maurício, a volta de Amarildo e Daniel, e Milton, a nova sensação azurra, são componentes que devem levar grande público ao Sul da Ilha. CBF A Confederação Brasileira de Futebol está desmentindo que tenha sido proibida pela Fifa de coordenar o Brasileiro de 2000 por estar sendo investigada. Também negou que esteja impossibilitada de reconhecer o Vasco como legítimo campeão dem 2000. É, parece que 2000 insiste em não acabar para o futebol brasileiro. Homenagem Ser lembrado sempre é gratificante para quem deixou sua marca em qualquer atividade da vida. É o que está acontecendo com o zagueirão Oberdan, que foi titular por 10 anos do time bicampeão do mundo, o Santos. No último domingo ele foi chamado a integrar o elenco de ex-jogadores santistas para uma homenagem lá mesmo em Santos com a presença de seus velhos companheiros de equipe.

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