É hoje o dia, diz uma música. É nesta quarta o dia em que um bastão com uma chama na ponta percorrerá quatro cidades do Norte catarinense anunciando os Jogos Olímpicos no Brasil – “anunciando” é força de expressão e marketing, até as folhas caídas na rua sabem das Olimpíadas no País. Joinville, São Francisco, Jaraguá e Massaranduba, as cidades escolhidas neste ponto do Estado para receberem a tocha olímpica no longo dia de hoje, de certa forma pararão – ainda que forçadas devido às intervenções no trânsito – em torno deste evento.
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O mesmo material que o “AN” de papel publicou ontem sobre o evento em Joinville foi publicado ainda na tarde de segunda-feira no “AN” virtual, no site. Passadas algumas horas daquela publicação na internet, fui bisbilhotar os comentários dos leitores acerca do tema. Causou-me surpresa a quantidade. Muitos. Facebook a mil. E quase 100% “tocando o pau”. Fui atrás de medir o espírito olímpico e topei com críticas e indiferença, afinal, é evento público, com gasto público. É a vida real.
Em tempos de continuada crise de serviços para onde se olhe, estas investidas vão com naturalidade encontrar olhares enviesados.
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O que não esvaziará o evento de desta quarta.
O simbolismo da passagem do fogo olímpico arrastará curiosidades em tempos de selfies e outras instantaneidades festivas. Daqui, torço por passagem tranquila que resguarde o nome de Joinville – e de outras cidades por onde passe. Amanhã será outro dia, de ver as imagens, de trânsito em sua normalidade confusa e de suar para ganhar o pão – e a tocha já terá ido misturar emoção e indiferença em outra freguesia.
É evento sem legado, se no ócio vivesse, estou entre os que prefeririam ficar em casa. Outros o celebram festivamente. O espírito é este. É evento aceito de papel passado pelas cidades e, portanto, precisando sair bem-feito. Vale o olhar crítico. Mas sem torcer para dar errado.