Ele chegou devagar, mas conquistou espaço na cozinha dos adeptos de uma dieta mais equilibrada. Por ser livre de gordura trans, o óleo de coco se apresenta como uma alternativa para preparar pratos mais saudáveis. Mas, para aproveitar os benefícios desse alimento, é preciso consumi-lo de forma adequada.
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Gordura saturada de origem vegetal, o óleo de coco virgem ou extravirgem está na lista de indicações dos nutricionistas por não conter gordura trans e ter rápida absorção pelo organismo – diferentemente de óleos como canola e soja que, embora também sejam de origem vegetal, são refinados. No uso para o preparo dos alimentos, a diferença entre esses óleos diz respeito à manutenção de seus nutrientes quando submetidos a temperaturas altas: o de coco não oxida tão rápido, assim como o azeite de oliva.
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A professora de nutrição da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Gilberti Hubscher afirma que o óleo de coco é convertido facilmente em energia, o que auxilia a queima de gordura quando consumido antes da prática de exercícios. Além disso, o produto aumenta a quantidade de enzimas no organismo, proporcionando saciedade.
O alimento também é rico em ácidos graxos, principalmente o láurico, que atuam no sistema imunológico e são eficazes contra fungos, vírus e bactérias.
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Seguindo a tese de que tudo em excesso faz mal, a nutricionista alerta que exagerar no consumo pode gerar acúmulo de gordura no fígado, o que pode desencadear doenças no órgão como a esteatose hepática não alcóolica. O óleo de coco também é encontrado em cápsulas, mas, nesse formato, seu consumo só deve ser realizado com acompanhamento nutricional. De acordo com Gilberti, o risco está no fato de a pessoa não conhecer o tipo de óleo que será ingerido.
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– Muitos também não sabem escolher o tipo e acabam optando pelo refinado, que, embora seja mais barato, compromete a qualidade nutricional – diz a nutricionista.
Além disso, pesquisas realizadas em animais pela especialista mostraram que, a longo prazo, o óleo de coco aumentou o colesterol ruim (LDL), em comparação a outros óleos vegetais não refinados.
Ainda não há um consenso entre os especialistas sobre a quantidade adequada de consumo diário do óleo de coco. Segundo Gilberti, os pesquisadores focam em estudos sobre o efeito metabólico do alimento.
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Usos na estética
Os benefícios do óleo de coco se estendem também para os cuidados com a beleza. Assim como outros óleos essenciais, o produto é uma opção para hidratação da pele e do cabelo, devido a seus micronutrientes que evitam que as fibras percam água.
O resultado é imediato: ele deixa a pele mais aveludada e com mais brilho. No entanto, de acordo com a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, Clarissa Pratio, o uso em excesso do óleo de coco in natura pode gerar problemas como excesso de oleosidade, obstrução dos poros, e ainda desencadear foliculite – inflamação dos folículos pilosos, local onde nascem os pelos. Portanto, é fundamental consultar um especialista antes de realizar qualquer aplicação.
No cabelo, o excesso do produto está relacionado ao aumento do risco de caspa e de queda dos fios – principalmente em quem já tem predisposição a esses problemas.
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O óleo de coco pode ser encontrado na composição de outros produtos já testados por especialistas e até mesmo associado a substâncias como ureia e manteiga de karité. De acordo com a dermatologista, essas opções são mais indicadas do que aplicações caseiras.
Conheça os fatores positivos e negativos do uso do óleo de coco clicando nos ícones “+”: