É difícil definir em uma só palavra o que o retorno da Oktoberfest significa para quem se envolve com a festa, direta ou indiretamente. Mas “ansiedade” é o estado mais mencionado por essas pessoas.
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Ela está no relato do ambulante que espera vender tantos quitutes fora da Vila Germânica a ponto de quitar uma dívida. Está na boca de quem vai apenas para curtir e desfilar pela Rua XV. Está também na fala de quem organiza, que espera entregar uma das maiores edições da história, com retorno financeiro proporcional.
Essa, definitivamente, é a Oktoberfest das expectativas.
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O pipoqueiro Marcos José Amorim, que trabalha em frente ao Parque Ramiro Ruediger, teve o faturamento quase 90% menor durante os meses mais duros da pandemia do coronavírus. Decidiu arriscar e inovar, no ano passado, turbinando o carrinho e o tornando o “calhambeque do churros”.
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Para isso, fez um financiamento em 48 vezes.
A ideia deu resultado, mas é na Oktoberfest que o trabalhador pretende faturar o suficiente para conseguir quitar a dívida antes do fim do ano. A ansiedade, para ele, é pela volta de dias melhores.
É um mix de sentimentos: ansiedade, saudade, felicidade… O nosso sonho é ter tanto trabalho a ponto conseguir quitar a dívida até o final da Oktober. A esperança é que seja uma grande festa.

No que depender da organização, será a maior edição de todos os tempos. O secretário de Turismo Marcelo Greuel revela que até entre os servidores que já colocaram de pé inúmeras edições a ansiedade é grande.
Mais do que a saudade é a ansiedade por um retorno. Queremos entregar uma festa do tamanho que Blumenau merece. Antes de tudo é um evento para o blumenauense, do blumenauense. Ela nasceu de uma tragédia das águas e renasce depois da tragédia da Covid. Traz reflexões de tudo que passamos.
Passada a angústia causada pela pandemia, o retorno da festa traz alívio, resume Thiago Souza de Albuquerque, presidente da Associação das Atrações Germânicas de Blumenau:
— Alívio porque vamos, de fato, retomar a festa. Alívio em reencontrar colegas que não via há mais de dois anos e que hoje estão se dedicando a arrumar suas alegorias, trajes e ensaiar suas músicas para poder fazer bonito nos desfiles. Alívio porque o pior já passou e podemos retomar a vida normalmente e poder celebrá-la.
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“Vontade de abraçar sem medo”
Vasco Laushner já tirou o traje do armário. Integrante do Kleine Kleine, que desfila no Centro de Blumenau, revela que parte da ansiedade já foi solucionada na semana passada, quando o grupo se encontrou para um “esquenta”.
Porém, tem emoção que só se vive no dia da festa:
É outro clima. Estamos na ansiedade, queremos que tudo ocorra bem. É a vontade de abraçar sem medo, de se reunir em uma festa, sentir que a vida tem que continuar. E continuar para melhor.
A Oktoberfest volta a ser promovida em Blumenau depois de duas edições canceladas por conta da pandemia do coronavírus. A expectativa é que o evento seja um dos maiores da história. Em 2019, a última vez que aconteceu, a festa reuniu 576,5 mil visitantes. Para esta edição são esperadas 600 mil pessoas.
Programação completa do 1º dia da Oktoberfest
Setor 1
18h Abertura – Som Mecânico
19h Banda Champagne
21h30 Banda do Caneco
23h45 Tropical Band
2h Encerramento
Setor 2
18h Abertura – Som Mecânico
21h45 Banda Cruzeiro
0h Banda Bavária
2h Encerramento
Setor 3
18h Abertura – Som Mecânico
21h45 Lino & Orquestra
0h Banda Malibu
2h Encerramento
Biergarten
18h Abertura – Som Mecânico
22h Cerimonial de Abertura
da 37ª Oktoberfest
23h Velhos Camaradas
2h Encerramento
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