Depois de três anos, todos os caminhos em Blumenau levam ao Parque Vila Germânica. A última edição da Oktoberfest foi em 2019 e para este ano são esperadas 600 mil pessoas na maior festa alemã das Américas, que encerra neste fim de semana. O último dia de festa será no domingo, dia 23.
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– Para todas as pessoas que podem voltar à Vila Germânica em uma pós-pandemia. É uma sensação de muita emoção – conta, emocionado, o bancário Felipe Souza.
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À frente da organização, o secretário de Turismo de Blumenau, Marcelo Greuel, destaca o impacto da festa:
– É a Oktober das Oktobers por tudo aquilo que ela representa para todos nós, a capacidade do povo de se reinventar, a resiliência de passar por cima de todas as dificuldades, como aconteceu em 1984 com as grandes enchentes, agora com a pandemia. Transformar tudo isso em alegria.
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A diversão rola ao som de música típica, com sabor da culinária alemã e regada pelo chope. E toda noite quando a música acaba, o público vai embora e o parque é fechado, uma outra etapa começa nos bastidores da festa. Uma verdadeira maratona para deixar tudo em ordem para o próximo dia de folia. Neste ano, a sustentabilidade entrou no roteiro da festa, com um plano para compensar o impacto ambiental e a pegada de carbono que o evento provoca.
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Nada fica para trás. O lixo retirado da festa tem destino certo:
– Nada do evento, dessa edição, irá para aterro sanitário. Estamos falando de mais de 2,5 milhões de copos plásticos, mais de 500 mil embalagens de materiais somente da gastronomia, que vão ser coprocessados através da blendagem – explica a diretora técnica do Plano de Sustentabilidade, Adriene Carlotto.
A blendagem é o processo que acontece dentro de uma máquina que separa, tritura e transforma o lixo no chamado CDR, combustível derivado de resíduo. Depois, o material passa a ser aproveitado por uma fábrica de cimento.
– É um combustível que tem um grande potencial calorífico, de qualidade, que substitui outros combustíveis. Esse combustível vai para uma indústria cimentícia, então ele é utilizado no forno da indústria pra queima e geração de energia pra alimentar o processo industrial – explica Hanokh Yamagishi, diretor de operações.
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Parte do problema está resolvido. Mas ainda tem o óleo de cozinha usado na festa. Ao todo 5 mil litros serão refinados para virar biodiesel. Blumenau também está plantando 4 mil mudas de árvores nativas para compensar o gás carbônico emitido na última edição da festa. A ideia é que daqui pra frente tudo isso entre na lista de tradições da Oktoberfest.
– Esse plano não tem mais volta, veio para ficar. Acho que ela é importante para todos. Nós tamos fazendo isso, tornando a Oktoberfest um dos eventos mais sustentáveis do Brasil, e esperamos levar um legado às futuras gerações, não só da nossa cidade, mas de Santa Catarina e do Brasil – pondera Marcelo Greuel.
*Texto de Jean Raupp, da NSC TV.
Vídeo explica tudo sobre a Oktoberfest Blumenau:
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