Há 28 anos, a autônoma e moradora de Blumenau Sueli Maike Ruediger, 54, produz meias e polainas típicas alemãs para pessoas e grupos. Tudo teve início com os participantes da Oktoberfest. Mas com o passar do tempo, as demandas ultrapassaram as divisas de Estados e hoje são enviadas para quase todo o Brasil.
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As encomendas também já tiveram destinos internacionais, como Alemanha e Argentina. A maioria dos pedidos são feitos por meio do WhatsApp, Instagram, ou pela página Sueli Meias Típicas, no Facebook. Entre eles há solicitações individuais e de grupos.
Sueli começou a confeccionar as peças porque uma antiga vizinha, que produzia trajes típicos, necessitava dos acessórios. E foi assim que ela junto com a irmã, Iára Solange Jeworowski deram início a esse tipo de trabalho. Apesar de atualmente só Sueli seguir tricotando as meias e sua irmã estar morando em Brusque.
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— Como em Brusque a demanda não é tão grande, naquela época eu fiquei atendendo os grupos de Blumenau, mas em 2006 (eu acho) eu comecei a atender o primeiro grupo do Espírito Santo — conta ela.
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Detalhes de confecção
O trabalho de Sueli chegou ao Sudeste do país por meio de um grupo de Chapecó. Foi um dos integrantes catarinenses que indicou as meias e polainas para os capixabas. A partir daí começaram a surgirem pedidos do Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, além de outras regiões de Santa Catarina, é claro. Hoje ela conta com a ajuda de quatro costureiras auxiliares.

— Os tamanhos das meias e polainas são PP, P, M, G e GG. Eu faço dessa forma ou por medida individual. Geralmente os grupos usam as peças muito abaixo ou acima do joelho, então, eu peço as medidas. Porque de pessoa para pessoa muda estatura, largura da panturrilha e tamanho do pé — explica Sueli.
Todo o fechamento das costuras, que dá mais acabamentos, é feito manualmente com uma costura de bordado sem ponta.
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— Poderíamos fechar na máquina reta? Poderíamos sim, mas eu sempre priorizei essa qualidade de fechamento a mão — diz.
Ela conta ainda que faz os modelos conforme o pedido do cliente. Pode ser uma peça totalmente nova e com detalhes selecionados, ou então, uma reprodução de um tipo de meia e/ou polaina que já existe.
— Algumas vezes eles pegam alguma imagem da internet e pedem para eu reproduzir. É claro que eu explico que a situação de máquina e de linhas, é diferente, e muitas vezes eu consigo chegar a um produto final similar, não idêntico, mas similar sim — afirma.

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Como os pedidos se dividem entre grupos e individuais, as solicitações são bem variadas. Algumas vezes elas são apenas de modelos femininos, outras só de masculinos. E há também as que reúnem os dois tipos. Sueli não trabalha com número mínimo de peças. É só encomendar, que dentro do possível o cliente irá receber aquilo que procura:
— Quem me procura geralmente quer um produto diferenciado. Tudo depende do traje do grupo folclórico, se é traje histórico de uma determinada localidade, de um país, da etnia que o grupo representa. Pois atendo a várias etnias, alemãs, italianas, austríacas, pomeranos, e demais culturas.




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