Ao menos oito pessoas morreram em dois confrontos com a Polícia Militar em Curitiba, na madrugada desta quinta-feira (11). As trocas de tiros, segundo a PM paranaense, ocorreram nos bairros Caximba e Cajuru. De acordo com a polícia, os confrontos começaram por voltas das 3h.
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Segundo a Polícia Militar, o caso está relacionado com um “tribunal do crime” -integrantes de uma facção criminosa planejavam matar um ex-integrante que havia mudado para uma facção rival.
Os policiais receberam denúncias de que um veículo Palio teria ido até uma residência no bairro Caximba, em busca de armamento. Um carro com as mesmas características foi identificado, mas fugiu após tentativa de abordagem policial.
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Os agentes afirmaram que quando alcançaram o veículo, os ocupantes reagiram, o que deu início a uma troca de tiros. Os dois ocupantes do veículo foram baleados e morreram. Dois revólveres foram apreendidos. De acordo com a Polícia Militar, o veículo estava com alerta de furto.
A polícia afirma que, simultaneamente, aconteceu uma segunda ação. Nesta, os serviços de inteligência localizaram um outro veículo suspeito de ter sido roubado em frente a uma casa no bairro Cajuru. Ao se aproximarem da residência, houve troca de tiros, e seis pessoas morreram, disse a PM.
Nessa segunda abordagem foram apreendidos um veículo, três pistolas, três revólveres, dois coletes à prova de bala e oito tabletes de maconha.
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Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Curitiba. As oito pessoas mortas não tiveram suas identidades reveladas.
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De acordo com a Polícia Civil, as investigações sobre o caso serão de responsabilidade da própria Polícia Militar.
A Defensoria Pública do Paraná também acompanha o caso por meio do Núcleo da Política Criminal e da Execução Penal (Nupep).
“O Nupep requisitou informações às autoridades da Segurança Pública do Paraná e aguarda a identificação das pessoas que morreram na ação. O Nupep entende que todo caso de morte causada por intervenção de policiais militares deve, conforme a legislação em vigor, ser conduzido pela Polícia Civil ou diretamente pelo Ministério Público”, afirmou a defensoria em nota.
O Ministério Público afirmou que acompanha o caso por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, seguindo sua atribuição institucional de controle externo da atividade policial.
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