Revanche. Vingança. Foram essas e outros sinônimos as palavras mais ouvidas durante os treinos da Seleção Brasileira nesses dias que antecederam o confronto contra Camarões, às 7h (de Brasília) deste sábado, pelas quartas-de-final dos Jogos Olímpicos de Pequim.

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Há oito anos, nos Jogos de Sydney, a seleção africana foi responsável pela traumática eliminação do Brasil na competição, marcando um gol na prorrogação com dois jogadores a menos. Pior, acabou conquistado o ouro, que até hoje o Brasil não tem.

O meia Anderson tinha 12 anos naquele 23 de setembro de 2000. Diz se lembrar do jogo e de como se sentiu com a eliminação brasileira. Por isso mesmo, é um dos que admite abertamente que o time tentará dar o troco neste sábado.

– Irrita quando as pessoas falam dessa situação contra africanos – afirma o jogador do Manchester United, se referindo também à derrota para a Nigéria em Atlanta-1996.

Então com 20 anos, Ronaldinho Gaúcho era uma das estrelas daquele time comandado por Vanderlei Luxemburgo, junto com o meia Alex. Mas ao contrário de Anderson, evita tocar no assunto revanche, preferindo salientar a confiança do time.

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– É o momento certo para enfrentar Camarões – diz o camisa 10.

Já o técnico Dunga puxou a brasa para o seu assado. Enquanto a imprensa explorou a derrota nos Jogos de 2000, o treinador preferiu recordar a vitória por 3 a 0 sobre os africanos na Copa do Mundo de 1994, quando ele era capitão da Seleção.

– Eu me lembro de 1994 – sintetizou Dunga.

O treinador comandou um treino fechado nesta sexta-feira. O meia Diego foi poupado, por causa de dores musculares, mas deve jogar. O time que que iniciou as duas primeiras rodadas deve ser mantido, com a permanência de Thiago Silva na zaga, no lugar no Breno.