Santa Catarina terminou o mês de agosto com 84,84% da população adulta vacinada com a primeira dose contra a Covid-19. Ou seja, a cada 10 catarinenses com 18 anos ou mais, oito se vacinaram, segundo dados do Monitor da Vacina do NSC Total.

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De acordo com o IBGE, a população adulta do Estado é de 5.632.000. Desse total, até terça-feira (31), dia em que terminou o calendário para a vacinação dos adultos estipulado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), 4.766.374 pessoas receberam a primeira dose da vacina, sendo que 2.185.647 já estão completamente imunizadas, seja com a segunda dose ou a vacina de dose única.

Se levar em conta apenas o recorte de pessoas entre 18 e 59 anos, sem comorbidades, são 2.366.728 vacinados com a primeira dose, segundo o monitor. Dessas, 427.845 já receberam a segunda dose da vacina.

A vacinação escalonada por faixa etária em Santa Catarina iniciou em junho. Para cumprir a meta, foi definido um calendário onde a cada semana uma nova faixa etária era liberada para tomar o imunizante.

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Foram dois meses de campanha, com o término nesta semana, quando foram imunizados os jovens entre 18 e 24 anos. A meta da SES era de que, até 31 de agosto, todos os 295 municípios catarinenses estivessem aplicando doses neste grupo, o que foi cumprido, segundo o superintentende em vigilância em saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário.

— A meta era oferecer a vacina [para catarinenses com mais de 18 anos] e isso já acontece em todo o Estado. Ou seja, qualquer adulto pode tomar a sua dose — pontua. 

Mas, apesar de cumprir a meta, 853.654 pessoas ainda precisam se vacinar para atingir 100% da população adulta com a primeira dose, de acordo com o Monitor da Vacina.

Por isso, mesmo com o fim da campanha por faixa etária, o Estado continuará disponibilizando doses, apesar do foco, agora, ser a vacinação dos adolescentes entre 12 e 17 anos e o reforço para os idosos. 

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— A nossa meta é vacinar 95% da população adulta com as duas doses. Por isso, nosso próximo desafio é fazer a busca ativa para encontrar essas pessoas e fazer a aplicação — salienta. 

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Para especialista, principal desafio é manter o ritmo de vacinação

Com a chegada de novas remessas nas últimas semanas, Santa Catarina tem conseguido manter a média de cerca de 60 mil doses de vacinas aplicadas diariamente. De acordo com o Monitor da Vacina, nesta terça-feira, a média móvel era de 59.722, com a previsão de que toda a população catarinense seja vacinada até o dia 4 de janeiro de 2021. 

Mas, para o infectologista e professor da Univille, Tarcisio Crocomo, o principal desafio do Estado é manter ou até mesmo acelerar esse ritmo de vacinação, para garantir uma boa cobertura, principalmente contra as variantes. 

— Precisa manter ou acelerar o ritmo da vacinação para atingir todo o público alvo. Por isso, é tão importante recrutar os que não voltaram para segunda dose, além de controlar a presença de novas cepas com medidas rápidas de prevenção — argumenta. 

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Mas a falta de doses deve, mais uma vez, atrasar o calendário estadual. Nesta quarta-feira (1º), por exemplo, a previsão era de que os municípios iniciassem a vacinação dos cerca de 550 mil adolescentes e da dose de reforço nos idosos. Porém, em cidades como Florianópolis e Chapecó, por exemplo, isso não será possível devido a falta de doses. 

— A quantidade ainda não é suficiente, mas algumas cidades que já tinham estoque e podem iniciar a vacinação deste grupo. Para os demais, porém, dependemos do Ministério da Saúde para que se possa distribuir as doses para todos os municípios — justifica o superintendente em vigilância em saúde, Eduardo Macário.

Apesar do “atraso” no início, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) garante que o atual cronograma está mantido. 

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Impacto será sentido com a segunda dose 

Para o infectologista Tarcísio, a atual quantidade de adultos vacinados já impacta nos números da pandemia. Mas, a segurança desejada pelos especilistas em relação a doença só deve acontecer com a segunda dose. 

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— É certo que já é um impacto. Mas o desejado mesmo é aquele que vem com esquema completo de acordo com a vacina realizada. Além disso, ainda há a realização da dose de reforço, que será aplicada nos idosos — enfatiza. 

Por isso, o especilista reforça a importância de manter todos os cuidados, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e a higienização das mãos para garantir a segurança da população. 

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