A Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediu nesta sexta-feira aos governos latino-americanos que desenvolvam políticas que facilitem a inclusão social na região, onde a metade dos trabalhadores não contribuem com a previdência social.
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Em uma declaração aprovada no Panamá por sindicatos, empresários e governos latino-americanos, as partes se comprometeram a “construir um melhor futuro do trabalho” com apego “aos princípios de liberdade, democracia, justiça social”.
José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor da OIT para América Latina e Caribe, destacou que a declaração tem o objetivo de promover “políticas de desenvolvimento produtivo, proteção social, transição para a formalidade e redução da pobreza”.
A OIT celebrou nesta semana no Panamá sua 19ª Reunião Regional Americana, na qual os participantes discutiram as novas modalidades do mercado de trabalho no continente.
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De 2005 a 2015, a taxa de trabalhadores que contribuía aumentou de 36% para 44% devido a una maior formalização do trabalho, graças a uma expansão econômica produto dos bons preços das matérias-primas, segundo a OIT.
No entanto, esse aumento é ameaçado pela recente desaceleração econômica, enquanto surgem outras relações trabalhistas com o aparecimento de novas tecnologias e do trabalho autônomo.
Cerca de 145 milhões de trabalhadores não contribuem com a previdência social na América Latina e Caribe, e a metade das pessoas com mais de 65 anos não recebe qualquer prestação social.
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A OIT também pediu pactos de Estado para facilitar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e enfrentar os efeitos da migração e do trabalho infantil.
* AFP