O desemprego juvenil é considerado persistente em 17 países do G-20, grupo das maiores economias do mundo, do qual o Brasil participa. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que divulgou nesta quarta-feira a informação, há mais de 17,7 milhões de jovens entre 15 e 25 anos sem emprego, nesses países, o que indica uma piora nas perspectivas para a juventude.

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O Brasil está em uma faixa de desemprego entre jovens considerada moderada, entre 14% e 19%, ao lado de Argentina, Canadá, Rússia, Turquia e Estados Unidos. Os dados foram apresentados originalmente pela OIT na reunião do Grupo de Trabalho sobre Emprego da organização, encerrado na terça-feira, em Genebra, na Suíça, e está disponível em inglês.

As piores situações, classificadas como “críticas” pela OIT, estão na Espanha, Itália e África do Sul, com índices entre 35% e 52% de desocupação. França, Indonésia e Reino Unido também têm altas taxas de desemprego, entre 21% e 23%. Em situação menos desfavorável estão Austrália, Coréia do Sul, Alemanha, Japão e México, com índices entre 8% e 11%.

Como o G-20 engloba tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, o relatório da OIT reconheceu que há diferentes causas e consequências do desemprego juvenil entre os integrantes, mas identificou pontos em comum, como o risco de desemprego estrutural, a persistência de baixos níveis de produtividade, os baixos salários relacionados à informalidade e o risco de escassez de mão de obra em determinados setores.

“Sejamos realistas: sabemos que as perspectivas no mercado laboral não são nada brilhantes. Sabemos que, quando os números do emprego em geral são negativos, a situação do emprego juvenil é ainda pior. Devemos encontrar novos enfoques”, disse, em nota, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. De acordo com a organização, o fortalecimento da economia global depende de políticas inter-relacionadas de trabalho e emprego, com orientação para a expansão de políticas de proteção social.

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