Na véspera de sua execução, o condenado à morte Ronald Phillips, 40 anos, teve seu desejo de doar os órgãos recusado pelo Departamento Penitenciário, disseram autoridades estaduais nesta quarta-feira.

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Phillips deve ser executado na quinta por injeção letal, com uma mistura nunca utilizada de um sedativo e um analgésico.

Em seu último pedido às autoridades penitenciárias de Ohio, o condenado manifestou seu desejo de doar os órgãos, se possível, à sua mãe – que sofre de doença renal -, à sua irmã – que tem problemas cardíacos – e, mais genericamente, “ao maior número possível de pessoas”.

_ Esse pedido de último minuto (…) é sem precedentes _ reagiu a porta-voz do Sistema Penitenciário de Ohio, JoEllen Smith, anunciando sua recusa por ter sido feito a menos de 72 horas antes da execução.

_ Embora a doação de órgãos seja um objetivo louvável, o Departamento não está equipado para permitir a doação de órgãos a Phillips antes, ou depois da execução _ continuou o diretor jurídico da pasta, Stephen Gray.

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Em carta ao advogado do réu, Gray explicou que as autoridades consideraram esse procedimento médico, mas que “ele não é simples de fazer”, porque implica problemas logísticos e de segurança significativos para um condenado à morte.

O diretor acrescentou que a família terá os restos mortais do condenado (e seus órgãos) após a execução.

A doação de órgãos por parte dos condenados à morte é um pedido “raro”, declarou à AFP o diretor do Centro de Informação sobre a Pena Capital, Richard Dieter.

_ Geralmente, as prisões não autorizam esse tipo de doação, embora os detentos sejam autorizados a deixar seu corpo para a Ciência _ acrescentou.

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A execução de Ronald Phillips está prevista para 10h (14h de Brasília). Ele foi condenado à morte pelo estupro e assassinato da filha de 3 anos de idade de sua companheira, em 1993.