É. Não teve jeito. O Campeonato Catarinense de basquete feminino vai realmente ficar sem Blumenau, de longe – mas de longe mesmo – o maior campeão da história da competição com 14 títulos. Com uma nova regra imposta pela federação catarinense (FCB) que obriga os clubes a terem uma equipe Sub-17 ou Sub-19, o time foi forçado a desistir da participação no Estadual, algo que pegou os amantes do esporte de surpresa.

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A possível desistência já havia sido confirmada pela coluna na edição do último fim de semana e põe à mostra uma brecha na formação de atletas criada pela falta de investimentos alguns anos atrás – e que será preenchida nos próximos dois anos pelo Sub-15, hoje em plena atividade.

Quem perde é o Campeonato Catarinense que precisa mais do clube blumenauense do que o contrário. O bom senso poderia, sim, ter prevalecido, já que o técnico João Camargo Neto – principal nome do esporte na cidade – desenvolve trabalhos nas categorias de base. Não há omissão. Mas não foi o que ocorreu e Blumenau, que há uma semana disputava (e vencia) seu último jogo pela Liga Nacional, ficará sem calendário para o time adulto no segundo semestre.

Uma pena. Essa quebra complica não só a questão técnica, mas também a busca por patrocínios e até mesmo o desenvolvimento de novas jogadoras – afinal de contas, sem uma referência para se espelhar, muitas podem desistir. Vamos torcer para que isso não ocorra e que, com muita paciência e trabalho de formiguinha, Camargo possa mudar essa situação em um curto espaço de tempo.

Uma situação no meio disso tudo ainda é curiosa: em outros anos, Blumenau disputava o Estadual e por falta de recursos não ia para o Nacional. Dessa vez o time foi para a Liga e não jogará o Campeonato Catarinense que terá apenas cinco times – São Miguel do Oeste, Joinville, Itajaí, Florianópolis e Chapecó, atual campeão.

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JÁ NO MASCULINO…

O lado legal da história fica por conta do Estadual masculino, que terá a participação de 14 (!) equipes, um recorde desde que a FCB foi criada, em 1995. Do Vale, além de Blumenau e Brusque, Rio do Sul também entrará em quadra. Essa ampliação no número de clubes, porém, traz um fator negativo: diminui a qualidade técnica do campeonato e faz com que equipes com um pouquinho a mais de investimento se sobressaiam perante as demais.

Até por conta disso, os próprios times decidiram que a partir do ano que vem o Catarinense terá segunda divisão – justamente para não haver essa discrepância entre elencos, o que é interessante. O campeonato começará em julho e se estenderá até outubro.