O oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, 22 anos, em Imbituba, Sul de Santa Catarina, apresentou-se ao fórum da cidade por volta do meio-dia desta segunda-feira (26) e, em seguida, foi levado à Unidade Prisional Avançada (UPA). Na sexta-feira (23), o Tribunal de Justiça (TJ) de Santa Catarina decretou a prisão preventiva do oficial de cartório.

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A decisão do TJ veio depois de o Supremo Tribunal Federal cassar o habeas corpus concedido que garantia a liberdade dele. Após o pedido de prisão preventiva, o advogado Aury Lopes Jr afirmou que recebeu a informação com surpresa e que a "prisão é absolutamente desnecessária", e não possui nenhuma atualidade. A defesa ainda alega que Xisto está em liberdade há mais de nove meses trabalhando e nenhum problema foi registrado no período. Aury Lopes vai recorrer da decisão.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Paulo Odilon teria matado Isadora por motivo fútil: acreditando que o namorado havia sofrido uma overdose, Isadora acionou a irmã dele. Ainda conforme o MP, o oficial de cartório revoltou-se, pois escondia da família que usava drogas. Ele, então, teria agredido a jovem, provocando a morte dela. O crime ocorreu em maio de 2018.

Paulo Odilon ainda foi acusado de fraude processual, por ter modificado a cena do crime lavando lençóis e toalhas, retirando garrafas de bebidas alcoólicas do local, espalhando comprimidos de remédios controlados pela residência e inserindo cobertores e malas na cama na qual estava a vítima.

A defesa do oficial de cartório contesta a acusação e sustenta que a vítima morreu vítima de parada cardíaca provocada por consumo de cocaína.

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