Dois inquéritos estão tramitando em Brasília contra o coronel Adilson Moreira, oficial da Polícia Militar de Santa Catarina que decidiu passar para a reserva depois de pedir exoneração do comando da Força Nacional de Segurança. O primeiro foi aberto na Polícia Federal, a pedido do então ministro da Justiça, Eugênio Aragão, depois que o coronel Adilson Moreira enviou e-mail a seis coronéis de diferentes Estados, todos de sua equipe, explicando por que pedira demissão do cargo.
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Naquela comunicação interna, ele destacava: “Estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. (…) A nossa administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo”.
O segundo inquérito, instaurado pela Polícia Civil de Brasília, foi requerido pela ex-secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que se julgou injuriada pela manifestação do oficial militar.
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A defesa do coronel Adilson Moreira, nos dois inquéritos, vem sendo feita pelo advogado Noel Baratieri, que contestou a abertura dos inquéritos. Diz que a comunicação foi interna, apenas para um grupo de oficiais, uma forma leal de esclarecer na ocasião o pedido de demissão. E não teve qualquer participação no vazamento. Além disso, a defesa enfatiza que o coronel Adilson Moreira é um oficial brilhante, com larga folha de serviços prestados à segurança pública em Santa Catarina, onde tem prestígio e respeito dos colegas e das comunidades onde atuou. Moreira está se incomodando e tendo despesas extras. Paga o preço por ser um oficial ético, íntegro e honesto.