Uma ofensiva de juízes, coordenada pelo autointitulado Movimento Unidade e Valorização, tenta convencer os integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a manterem o pagamento do auxílio-alimentação para magistrados de vários Estados.

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No documento entregue aos conselheiros e assinado pelo juiz João Ricardo Costa, os magistrados argumentam que o pagamento do auxílio serviria para reduzir as perdas que tiveram com a falta de aumento salarial.

– As vantagens hoje buscadas pela magistratura são tão antigas quanto a Loman (Lei Orgânica da Magistratura) – afirmam.

Outras vantagens, como o auxílio-alimentação, foram regulamentadas pelo próprio CNJ, argumentam.

– Nenhuma inverdade estaremos a propalar afirmando que sequer lançaríamos mão delas – embora legítimas – não fosse a necessidade imposta pela perversidade da política remuneratória nacional, essa que nos atinge impiedosamente – afirmam no documento.

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Na semana passada, uma liminar suspendeu o pagamento do auxílio em oito Estados. No total, aproximadamente R$ 100 milhões que seriam pagos aos magistrados de oito Estados foram congelados. O dinheiro pagaria, inclusive, valores retroativos a 2004. No Rio de Janeiro, onde o benefício já foi pago, alguns juízes chegaram a receber R$ 68 mil de uma vez. A liminar concedida pelo conselheiro Bruno Dantas precisa ser referendada pelo plenário do Conselho.