Com sete instituições de ensinos ocupadas Chapecó é a cidade com maior volume de mobilização no Estado até o momento.
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Os primeiros a parar foram os estudantes do Ensino Médio do Instituto Federal de Santa Catarina, no dia 20 de outubro. No dia 25 ocorreram as ocupações nas escolas estaduais Irene Stonoga e Tancredo Neves e na Universidade Federal da Fronteira Sul.
Depois houve mobilização nas escolas estaduais Marechal Bormann, Antonio Morandini e na escola indígena Fennó.A escola Irene Stonoga foi palco de momentos de tensão entre os manifestantes e a direção da escola.
Até a Polícia Militar foi chamada e uma imagem de um policial entrando com uma carabina ganhou repercussão nacional. Alguns alunos ficaram constrangidos com a situação. Até a promotora da Infância e da Juventude, Vânia Cella, esteve no local.
Após o fato a diretora pediu licença médica e a Gerencia Regional de Educação assumiu a coordenação da escola.Alguns cartazes revelam que havia uma tensão entre o movimento e a direção. Mas a situação no momento parece tranquila.
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A assessora da direção, Nézia Spricigo, disse que houve um acordo para que os estudantes fizessem a mobilização sem atrapalhar as aulas, que continuam normalmente. Ela estima em 25 estudantes que participam constantemente do protesto. Outros 20 a 30 participam esporadicamente. A direção também avisou os pais de cerca de dez alunos que não estão nem indo na aula, nem participando das mobilizações. Ou seja, estariam se aproveitando da situação para gazear aula.
Os manifestantes estimam em 60 a 70 alunos participando das mobilizações. Alguns dormem na escola com a supervisão de alguns pais. A cozinha da escola foi liberada para prepararem as refeições. Antes os alunos cozinhavam e dormiam no mesmo espaço com botijões. A mudança ocorreu após visita do Ministério Público.Uma da estudantes que participa da mobilização, Carla Vitória Stempkowski, estudante do terceiro ano do Ensino Médio, disse que o movimento é contra o projeto de emenda constitucional que prevê limitação dos gastos por 20 anos, a PEC 241 que foi aprovada pelos deputados e virou PEC 55 no Senado. Eles também são contra o projeto da reforma do Ensino Médio e a ¿lei da mordaça¿, que seria a proposta da ¿escola sem partido¿.
Os alunos pretendem ficar mobilizados para pressionar os congressistas a reprovarem os projetos.Enquanto isso estão desenvolvendo oficinas com estudantes universitários.
A estudante de Biologia da Unochapecó Francieli Consoli desenvolveu na tarde desta quinta-feira uma atividade de identificação do RNA e DNA da banana. Para esta sexta-feira está previsto um ¿aulão¿ de História com estudantes da UFFS. A participação é controlada com chamada.
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