Duas pessoas mortas numa casa noturna na noite de domingo e um roubo numa relojoaria no Shopping Pátio Chapecó na segunda-feira. Os homicídios que cresceram 23% e os roubos que aumentaram 24% neste primeiro trimestre, na região Oeste serão tratados no painel SegurançaSC- Essa Causa é Nossa, que será realizado a partir das 9h de quinta-feira, no Lang Palace Hotel, em Chapecó.
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Os colunistas Estela Benetti e Rafael Martini, do Diário Catarinense, promotor do evento, vão mediar um debate sobre ações para melhorar a segurança.
Foram convidados para o painel o presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó, Josias Mascarello, o comandante da 4ª Região da Polícia Militar, coronel Edivar Bedin, o delegado regional da Polícia Civil, Wagner Meirelles e o delegado da Polícia Federal, Fabrício Argenta.
– Há alguns anos éramos uma sociedade pacata e agora vivemos numa sensação de insegurança – afirmou Josias Mascarello.
Ele lembrou que o crescimento da cidade e o desenvolvimento econômico trouxeram também o aumento no número de crimes. E, mesmo reconhecendo que as forças policiais e o Estado estão empenhados em reduzir a violência, não conseguem resolver alguns problemas como a falta de efetivo. Na região Oeste há um policial militar para 850 habitantes, enquanto a ONU recomenda um policial para 450 pessoas.
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O tenente-coronel Vitorio Radichewski, comandante do 2 Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina, disse que precisaria de mais 90 policiais para dar conta da demanda.
Já o coronel Edivar Bedin reivindica mais um batalhão para a região, em Xanxerê, pois somente o 2 BPM atende 41 municípios. Ele entende que na hora da distribuição do efetivo a região é prejudicada em relação ao litoral, que concentra maior número de batalhões.
Nos 60 municípios de abrangência da 4ª Região da Polícia Militar o número de roubos cresceu de 166 no primeiro trimestre de 2015 para 206 no primeiro trimestre de 2016. E o número de homicídios cresceu de 13 para 16 no mesmo período. Um dos crimes que chocou a região foi o assassinato de mãe e filha, no interior de Arabutã, no dia 30 de março.
Em compensação em Chapecó houve uma redução dos crimes. Os homicídios caíram de 13 para 10 comparado dados até 11 de abril de 2015 para 2016. Também houve uma queda de roubo em comércio de 39 para 34 no primeiro trimestre e, em residência, caiu de 27 para 21.
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O delegado regional Wagner Meirelles disse que o trabalho policial está conseguindo identificar os criminosos, dando uma resposta para a sociedade. Mas ele também espera reforços em breve para atender a demanda.