Os chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiram, mais uma vez, chegar a um consenso sobre a declaração a respeito da crise política na Venezuela.

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Em uma reunião em Cancún, no México, realizada em paralelo à Assembleia Geral desse organismo, os chanceleres puseram para votação um novo texto que havia sido discutido ao meio-dia, mas não conseguiram reunir os 23 votos – de 34 delegações – necessários. Houve 20 votos a favor, oito abstenções e cinco contra.

A sessão aconteceu na ausência da Venezuela, depois que sua chanceler, Delcy Rodríguez, retirou-se em protesto.

O projeto de declaração pede ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que reconsidere sua convocação para uma Assembleia Constituinte, que garanta o respeito aos direitos humanos e que trave um diálogo com a oposição mediado por um grupo de países.

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Outra proposta apresentada por países caribenhos – que indicava a solução da crise do país sul-americano era um assunto de caráter interno – obteve 14 votos contra, oito a favor e 11 abstenções.

“É muito triste”, disse Michael J. Fitzpatrick, chefe da delegação dos Estados Unidos, antes de se pronunciar a favor de uma proposta do chanceler mexicano, Luis Videgaray, de manter a reunião de consulta aberta.

“Enquanto formos incapazes de chegar a um acordo, nas ruas de Caracas e de outras cidades da Venezuela, hoje mesmo a violência e a repressão continuam”, afirmou Videgaray.

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Os ministros das Relações Exteriores abriram uma rodada de debate para determinar os próximos passos a seguir.

Esse encontro acontece antes da sessão de abertura da Assembleia Geral da OEA, em Cancún.

* AFP