A construtora Odebrecht, envolvida em vários escândalos de corrupção na América Latina, anunciou nesta segunda-feira (23) que impugnará as sanções impostas pelo governo mexicano, que inabilitou a empresa a celebrar contratos com instituições governamentais.
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“A Odebrecht México rejeita categoricamente as considerações e vai impugnar, mediante todos os recursos legais, o conteúdo, os alcances e efeitos destas sanções”, informou a empresa em uma nota publicada em jornais de circulação nacional.
A companhia acrescentou que as sanções “são totalmente infundadas e improcedentes”.
Na semana passada, o governo mexicano, através da Secretaria da Função Pública (SFP), inabilitou duas unidades da Odebrecht a participar de licitações públicas por dois anos e seis meses.
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Também inabilitou dois funcionários da Odebrecht: Gleiber José de Faria, diretor de Finanças da empresa, e Luis Alberto de Meneses, titular da companhia no México.
Este último disse às autoridades brasileiras que Emilio Lozoya, ex-diretor da estatal Petróleos Mexicanos, e vinculado ao presidente Enrique Peña Nieto, recebeu mais de 10 milhões de dólares em propinas da empresa.
Lozoya nega as acusações.
A empresa também informou que as autoridades mexicanas rejeitaram a solicitação de cooperação em contraste com os governos de Brasil, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, República Dominicana, Equador e Suíça.
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A empreiteira está no olho do furacão nos últimos anos, acusada de ter subornado vários governos latino-americanos para ganhar licitações de obras.
* AFP