Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já ocupam as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em sete Estados: São Paulo, Ceará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Bahia e Goiás. As manifestações fazem parte da Jornada de Lutas por Reforma Agrária. A mobilização foi marcada para esta segunda-feira porque, na próxima sexta-feira, é dia do trabalhador rural.

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De acordo com o porta-voz nacional da jornada, José Batista, as ocupações não têm prazo para terminar e podem continuar em outros estados, até que as reivindicações sejam atendidas.

– A nossa mobilização não tem previsão de encerramento. As nossas condições para negociar são o atendimento dessas reivindicações. Se o governo federal achar que elas podem ser resolvidas no âmbito das superintendências, nós não estamos com pressa. O importante é que seja resolvido – disse, ao ser questionado sobre a posição do escritório nacional do Incra de que as questões devem ser resolvidas em cada superintendência.

Entre as reivindicações, o MST pede a “retomada do projeto de reforma agrária no país”, que, para Batista, “andava a passos de tartaruga no governo passado e continua no governo Lula. O problema é que parece que a tartaruga está parando, está travando suas pernas”.

O MST estima que cerca de 150 mil famílias estejam hoje acampadas. Outra reivindicação do movimento é a concessão de crédito aos que já foram assentados, para garantir o desenvolvimento dessas áreas.

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– O governo federal é o responsável pela realização da reforma agrária, por destinar recursos, garantir terras, assistência técnica de qualidade, para que os trabalhadores possam produzir alimentos. O que está sendo priorizado pelo governo é a destinação de terras para a produção de etanol, e etanol não é alimento – defendeu.