A ocupação da Tchecoslováquia pela União Soviética entre 1968 e 1991 deixou 402 mortos entre tchecos e eslovacos, segundo um balanço estabelecido por historiadores tchecos em um “Livro negro da ocupação soviética”, lançado por ocasião dos 47 anos da invasão.

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A intervenção de 21 de agosto de 1968 das tropas do pacto de Varsóvia acabou com a “Primavera de Praga”, que pretendia democratizar a vida política, econômica e cultural do país sob o comando do líder reformista Alexander Dubcek (1921-1992).

Um novo regime, instaurado em Praga após a intervenção, submetido às ordens de Moscou, manteve o poder até a “Revolução de Veludo” no fim de 1989. As tropas soviéticas só deixaram o país em 1990-1991.

Segundo o “Livro negro”, 135 civis tchecos e eslovacos morreram entre 21 de agosto e 31 de dezembro de 1968, essencialmente por tiros dos invasores.

Entre 1969 e 1991, a ocupação provocou outras 267 vítimas fatais, a maioria em acidentes de trânsito que envolveram as tropas soviéticas.

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A última vítima em território tcheco foi um aposentado de 72 anos, atropelado em 16 de novembro de 1990 em Teplice (noroeste) por um caminhão dirigido por um jovem soviético de 20 anos, segundo o livro.

* AFP