A macrorregião Grande Oeste está com 97,79% dos leitos de UTI ocupados. Dos 136 leitos de Unidade de Terapia Intensiva ativos, distribuídos em quatro hospitais, apenas três estão disponíveis conforme o balanço desta segunda-feira (1º).
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A região possui hospitais nas cidade de Chapecó, Xanxerê, Maravilha e São Miguel do Oeste. Até a publicação desta reportagem, o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, possuía uma vaga de UTI geral para crianças e o Hospital Terezinha Gaio Basco, de São Miguel do Oeste, dois leitos de UTI para adultos na ala de Covid-19.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o hospital de Chapecó recebeu equipamentos para a abertura de mais cinco leitos de UTI, que já deveriam estar ativos e a serviço da população da região. O secretário da Saúde da cidade, Luiz Carlos Balsan, afirmou que apesar de ter os materiais, Chapecó não tem profissionais capacitados para atuarem em novas UTIs de Covid-19.
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Nesta terça-feira (02), uma comitiva de Chapecó irá a Florianópolis para uma audiência com o secretário da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, conversar sobre a contratação de profissionais da saúde para os novos leitos, além de outros assuntos da região.
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Balsan afirma que um possível motivo para o aumento da ocupação das UTIs na região é o retorno das pessoas que se locomoveram para outras cidades nas férias de verão e agora retornam para o Oeste, alavancando a demanda de atendimento dos hospitais.
— Conversando com médicos e epidemiologistas da região, acreditamos que o retorno das férias pode ter alavancado a demanda por leitos de UTI. Mas a procura nos nossos ambulatórios está quase estável, o verdadeiro problema está no agravamento da doença.
Caso o sistema de saúde do Oeste entre em colapso, as prefeituras irão procurar vagas em outras regiões do Estado, como o Meio-Oeste, que tem 36 vagas disponíveis, ou o Sul, com 75 leitos desocupados. Em último caso, Chapecó irá acionar a rede privada de saúde.
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— Nós temos um contrato com a Unimed, que tem 11 vagas em UTIs. Em último caso, a gente vai recorrer à rede privada para ceder alguns desses leitos. Mas primeiro vamos recorrer ao sistema público em outras cidades de Santa Catarina.
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No final de dezembro de 2020, Chapecó passou por uma situação parecida. Todos os 35 leitos de Covid-19 da rede pública estavam ocupados, além de 6 na rede privada. Outras 42 pessoas estavam internadas na enfermaria e 1.029 casos estavam ativos. Agora, de acordo com o boletim de segunda-feira (1º), a cidade está com todos os leitos de Covid da rede pública ocupados, quatro ocupados na rede privada, 41 pessoas na enfermaria e 688 casos ativos.
Chapecó quer comprar Sputinik V
Na segunda-feira (1º), o prefeito João Rogriques (PSD) oficializou o interesse em 20 mil doses da vacina russa Sputnik V, junto ao laboratório responsável pela distribuição no Brasil. O Ministério da Saúde ainda não autorizou a compra direta de imunizantes pelos municípios, mas a prefeitura de Chapecó se antecipou para aumentar a velocidade de vacinação.
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Das 3.367 doses recebidas pelo município, 2.948 já foram aplicadas, segundo a prefeitura. Chapecó também adquiriu 3.000 testes de Covid-19 de antígeno, que permitem uma resposta em até 24 horas.
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*Com supervisão de Lucas Paraizo
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