O dramaturgo e teatrólogo Wilson Rio Apa, de 90 anos, alega ser o proprietário da área na Serra do Tabuleiro, em Palhoça, onde um homem vive em uma caverna há 26 anos, e diz que a ocupação do terreno foi autorizada. O caso ganhou repercussão nas redes sociais desde que a Justiça de Palhoça determinou que o Vilmar Godinho desocupe a caverna, sob pena de multa diária de R$ 500, já que o local está em área de proteção ambiental. Os defensores de Vilmar questionam a decisão e alegam que ele é um defensor da natureza.
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Amigos criam petição para evitar que morador tenha que desocupar caverna onde vive há 26 anos em SC
Em entrevista ao G1, Apa afirmou que não estava sabendo do despejo e declarou que autorizou Vilmar a morar na caverna há mais de 20 anos. Ele disse ainda ter toda a documentação para comprovar a posse e disse que vai acionar um advogado para garantir que o morador possa permanecer na caverna.
Conforme apurado pela reportagem do G1 junto ao Cartório de Registro de Imóveis de Palhoça, Apa é proprietário de terrenos na região da Pinheira, em Palhoça, mas como os registros são antigos, não é possível especificar se a área onde fica a caverna é um desses terrenos.
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Ainda segundo informações do G1, a assessoria de imprensa da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) informou que a área foi desapropriada para implantação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, nos anos 1970. Em razão disso, Wilson não poderia mais ser considerado proprietário da área. Sobre a decisão da Justiça, a Fatma informou que “cumpre a determinação da Justiça e, ao mesmo tempo, busca se há alguma saída legal para a situação”.
Apoio e protesto
Amigos e moradores da região criaram uma petição online e uma página no Facebook para protestar contra a decisão da Justiça de Palhoça. A página conta com 15,6 mil seguidores e a petição, até a noite de segunda-feira, tinha reunido mais de 8,5 mil assinaturas. Também foram organizados protestos contra a determinação da desocupação.