Os indicadores sobre as perspectivas de conjuntura econômica na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) sofreram em dezembro sua maior queda mensal desde a crise do petróleo do início da década de 1970, com o Brasil superando o índice médio, tendo a terceira pior queda por países.
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Estes índices agrupados no chamado “indicador sintético”, caíram 1,1 ponto no último mês de 2008, fechando o ano em 92,9 unidades, contra uma média de longo prazo de 100, na zona da OCDE, precisou um comunicado divulgado nesta sexta-feira pela Organização, enquanto no Brasil queda foi ainda maior, de 1,8 ponto.
Na zona dos países que utilizam o euro como moeda comum, o retrocesso foi de 0,9 pontos. No G7, esta queda foi de 1,2 ponto, e para o grupo de países asiáticos G5 (que inclui China, a Índia, Indonésia, Japão e Coreia), de 1,2.
Por países, a OCDE destaca as quedas da Rússia (-3,8), seguida da China (-2,4), Brasil (-1,8), Alemanha (-1,6), e Estados Unidos e Japão (-1,4, cada).
Estes dados “refletem níveis nunca vistos desde os anos 70” para a maior parte dos membros da OCDE e “seguem mostrando um enfraquecimento das perspectivas de crescimento para as sete maiores economias” do mundo.
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“As perspectivas de crescimento se deterioraram seriamente também para as grandes economias que não são membros da OCDE, e enfrentam atualmente fortes esfriamentos”, acrescenta a nota, referindo-se aos três países que tiveram as piores quedas: Rússia, China e Brasil.