Em tempos de preocupação com o déficit em transações correntes, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentou um dado nada animador para o Brasil.

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A despeito da fraqueza da economia doméstica, Brasil e China foram os únicos países entre as 12 maiores economias do mundo – desenvolvidas e em desenvolvimento – que registraram, ao mesmo tempo, aumento das importações e redução das exportações no segundo trimestre de 2013.

Um dos resultados desse fenômeno é a piora das contas externas, fato que tem sido apontado por analistas como uma das causas do aumento da aversão ao risco nos países emergentes. No segundo trimestre de 2013, o Brasil exportou US$ 85,6 bilhões.

O valor é 4,63% menor que o registrado nos três primeiros meses do ano. Ao mesmo tempo, a importação de mercadorias somou US$ 62,9 bilhões, valor 0,22% maior que o visto no primeiro trimestre, segundo dados da OCDE. Ou seja, exportações diminuíram e importações cresceram em um período em que a economia brasileira continuou a apresentar sinais de fraqueza. O mesmo fenômeno ocorreu na China, onde as importações cresceram 1,42% e as exportações diminuíram 3,44%.

O resultado desse movimento é visível no resultado da balança comercial. O superávit comercial brasileiro diminuiu em US$ 4,3 bilhões em um trimestre e o saldo chinês recuou ainda mais: US$ 26 bilhões em três meses.

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Entre os demais países da pesquisa, Estados Unidos e àfrica do Sul registraram aumento das exportações e redução das importações. O quadro permitiu a redução do déficit comercial dos dois países.

Houve ainda contração das importações e também das exportações na Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Índia e Rússia. O único país que registrou, ao mesmo tempo, aumento na compra de importados e também na venda para outros países foi o Reino Unido.