Manaus quer despertar a atenção do mundo nos jogos da Copa do Mundo com um apelo ambiental.
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Todo o projeto da Arena da Amazônia foi desenvolvido buscando a sustentabilidade, que inclui o reaproveitamento da água da chuva e entulhos do antigo estádio para serem reutilizados na obra. Com mais tempo para construção, por estar fora da Copa das Confederações, a capital amazonense cumpre o cronograma de obras do estádio sem atrasos e hoje está com 56% de obra concluída. A entrega oficial está prevista para dezembro de 2013.
Os trabalhos estão focados nos acabamentos e preparação da montagem da cobertura que, de acordo com a Unidade Gestora da Copa, será o grande atrativo do novo estádio. Com o formato de um cesto de palha, lembra o artesanato confeccionado na Amazônia. O novo estádio está orçado em R$ 538 milhões.
Além da construção da Arena da Amazônia, a ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes é outra obra da Copa. Com 50% de conclusão, está orçada em R$ 344 milhões. No local, 15 frentes de serviços trabalham na construção de estacionamento, aumento do saguão de embarque e desembarque, ampliação nos setores de vôos domésticos e desembarque internacional, central de utilidades e central de água. Ainda no primeiro trimestre de 2013, serão iniciadas as licitações para os pontos comerciais das áreas do saguão de embarque e do saguão de desembarque.
Os maiores desafios da cidade estão na mobilidade urbana, que teve todo seu projeto alterado, e a revitalização do centro histórico. Os projetos de mobilidade até hoje não saíram do papel e já foram transferidos para depois do evento mundial, após o governo do estado solicitar a retirada do BRT e monotrilho da matriz de responsabilidade para Copa. O monotrilho, associado ao BRT, seria a solução para o transporte coletivo da capital. Mas devido aos inúmeros atrasos na liberação de recursos, o projeto, se iniciado agora, não ficaria pronto a tempo do evento.
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O mesmo problema já vem sendo enfrentado na Revitalização do Centro Histórico. Atualmente, o local é ocupado por centenas de camelôs e as calçadas da área central da capital praticamente desaparecem da vista do visitante. Símbolo maior da religiosidade local, a igreja matriz, Catedral de Nossa Senhora da Conceição, está cercada de barracas. A prefeitura deve construir um camelódromo nos arredores.
Mesmo com tantos problemas, Manaus aposta no turismo ecológico como principal atrativo. Passeios no Rio Amazonas e encontro das águas, animais exóticos e 98% da floresta preservados pretendem conquistar o turista estrangeiro para a região. A cidade ainda não vive o clima do mundial. Com times locais longe da elite do futebol brasileiro o amazonense anseia pelos jogos internacionais, mas sem muita empolgação.
RAIO-X
Manaus
Estádio: Arena Amazônia (R$ 538 milhões)
Conclusão: 56%
Investimentos na cidade: R$ 425,8 milhões
Problemas: os projetos de mobilidade até hoje não saíram do papel e já foram transferidos para depois do Mundial, após o governo do estado solicitar a retirada do BRT e monotrilho da matriz de responsabilidade para Copa.