Depois de três anos e dois meses sem obras, o lote 3 da duplicação da BR-470, que envolve Blumenau, volta a ter máquinas na pista. A retomada ocorre com as obras dos trevos da Mafisa, no Km 51,1 da rodovia federal, e do Badenfurt, no Km 57,4. É nesses locais que estão os 35 imóveis desapropriados em um mutirão da Justiça Federal no fim do ano passado, o que permitiu que as obras avançassem nesses pontos, dois dos principais acessos à cidade.
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A assinatura da ordem de serviço ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira, no Centro Empresarial Blumenau (CEB), no bairro Vorstadt. Durante o dia, no entanto, máquinas já estavam nas margens da rodovia, perto da Rua 1º de Janeiro, dando início aos trabalhos de terraplanagem. A obra será tocada pela empresa Sulcatarinense, de Biguaçu, que venceu a licitação para a duplicação dos lotes 3 e 4 da BR-470, que vai até Indaial.
A duplicação do trevo da Mafisa prevê a construção de três pontes e cinco viadutos. As principais intervenções serão dois viadutos e uma ponte próximo à saída da Rua 1º de Janeiro, além de uma ponte sobre o Ribeirão Itoupava. Um novo trecho também será construído entre a Rua Dr. Pedro Zimmermann e a Rua 1º de Janeiro, para dar acesso à BR-470. O viaduto atual da Mafisa será mantido a rodovia continuará passando embaixo da estrutura, porém com pistas duplicadas. Haverá também novos acessos à região da Itoupava Central.
Nesse ponto, as obras começam com a construção das pontes e a terraplanagem em uma área que será necessária para implantar um desvio da rodovia federal. A partir de maio, um desvio da rodovia pela Rua Dr. Pedro Zimmermann deve ser implantado. Isso deve aumentar o impacto no trânsito para motoristas, mas vai permitir obras de duplicação na região do atual viaduto.
Já no trevo do Badenfurt estão previstos quatro viadutos. Na prática, os acessos a Blumenau e Pomerode serão feitos por uma rotatória, com o fluxo da BR-470 passando por cima dos viadutos. Outras quatro pontes no trecho próximo ao trevo também devem precisar ser executadas. Nesse local, a obra começa com trabalhos de drenagem em um trecho de 1,1 mil metros. Quando as novas galerias estiverem colocadas, a via marginal será pavimentada e servirá de desvio para o trânsito, permitindo a construção dos viadutos em si.
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Segundo o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Santa Catarina, Ronaldo Carioni Barbosa, juntas as duas obras somam cerca de R$ 50 milhões. Pouco mais da metade desse valor, R$ 27 milhões, já está garantida no orçamento do órgão federal. Na ordem de serviço, o prazo de conclusão das duas obras é de três anos. No entanto, em entrevista à imprensa, Carioni afirmou que a expectativa é de que a conclusão da obra possa ocorrer até a metade de 2019.
Embora ainda haja desapropriações a serem feitas no trecho dos viadutos, Carioni afirma que este não deve ser um problema para o andamento das obras.
– Dentro do planejamento de obra, está desimpedido. Tem áreas a serem desapropriadas, mas áreas em que hoje não há influência de obra. A gente vai avançar para que eles tenham cada vez mais frentes para atuar – projetou.
– Para nós as obras são fundamentais. São dois pontos que tem horas do dia em que para tudo. É preciso não só escoar a produção. Tem gente dentro do carro morrendo e que não consegue sair porque está tudo trancado. É muito importante, vai facilitar, vai ter um tráfego menos intenso, menos acidentes. Só que agora a gente precisa cobrar. Tem que ser tudo nos prazos, não podemos deixar isso parar – avaliou o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Avelino Lombardi.
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Liberação de trechos duplicados até o fim do ano
O superintendente do Dnit em SC falou também sobre o andamento da duplicação nos outros pontos. Ele reafirmou a intenção de concluir até o fim deste ano o trecho entre o Porto de Navegantes e a BR-101, que faz parte do lote 1 da duplicação. Além disso, há a previsão de liberar para tráfego ao menos oito quilômetros em outros trechos entre Navegantes e Gaspar, onde o ritmo atual dos trabalhos também é considerado bom.
Atualmente, segundo o superintendente, o Dnit dispõe de R$ 145 milhões para investir ao longo deste ano nos lotes 1 e 2, que estão mais avançados. Há ainda outros R$ 27 milhões para o lote 3 e R$ 60 milhões para o lote 4, recursos provenientes de outros anos, mas que poderão ser aplicados neste ponto.