Foi apenas um jogo, mas bastou para mostrar que os brasilienses também são apaixonados por futebol – e pela festa. Quando vim morar em Brasília, há dois anos e meio, estranhei o fato de não ir mais ao estádio aos domingos. E precisei dirigir por quase 200 quilômetros até Goiânia para conseguir assistir a um jogo do Campeonato Brasileiro. A construção do estádio Mané Garrincha – o mais caro entre as arenas criadas para o Mundial – permitiu a volta do futebol ao Cerrado.
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Na partida de abertura da Copa das Confederações, mais de 60 mil torcedores assistiram à vitória do Brasil contra o Japão, e demonstraram que serão bons anfitriões nas sete partidas da Copa do Mundo em 2014. Do lado de dentro, tudo ocorreu bem. Mas do lado de fora, as coisas precisarão melhorar até lá. Os protestos evidenciaram que a Copa do Mundo vai exigir que a polícia se prepare melhor para evitar situações tensas como as que presenciamos. Até lá, é necessário também que a reforma do aeroporto de Brasília esteja concluída e a estrutura possa atender bem aos turistas. O terminal, concedido à iniciativa privada, tem passado por reformas que, aliás, são extremamente necessárias.
Outros desafios que se aproximam são as obras do entorno do Mané Garrincha, promessa do governo do Distrito Federal, e a construção de túneis subterrâneos que vão ligar o estádio ao centro de imprensa da competição. Para as sete partidas do Mundial, a Fifa também vai precisar melhorar a organização quanto à entrega dos ingressos. Na Copa das Confederações, os torcedores enfrentaram longas filas e espera de até três horas para conseguir retirar seus bilhetes.