As obras de recuperação da encosta que desmoronou na SC-401, em Florianópolis, durante a enchente de novembro do ano passado, devem começar na primeira quinzena de março, segundo o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Romualdo França.

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No início de fevereiro, o Ministério Público (MP) do Estado abriu inquérito civil para apurar a lentidão das obras e pediu um laudo à Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) sobre os riscos de novos deslizamentos.

No dia 23 de novembro de 2008, o desmoronamento do morro na região do Bairro Cacupé matou o caminhoneiro Ricardo Dias de Oliveira, 34 anos, que transitava no sentido Norte da Ilha/Centro. O resultado do laudo da Fatma foi divulgado na sexta-feira e recomenda obras emergenciais.

– A situação é delicada. Com um evento mais intenso de precipitação, pode ocorrer um novo desmoronamento – disse Humberto Hülse Neto, gerente da Fatma.

A Fatma também recomenda ações que podem ser feitas a curto prazo e que podem ajudar a evitar novos deslizamentos.

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– Seria o corte das árvores mais próximas (de onde aconteceu) a queda, porque o peso delas pode puxar o terreno para baixo, e fazer contenções temporárias com toras de eucalipto para pelo menos tentar impedir que aqueles barrancos desçam sem nenhum amparo – explicou o presidente da Fatma, Murilo Flores.

O Deinfra informou que já tem o dinheiro para a obra, orçada em R$ 2 milhões, mas questões burocráticas atrasam o trabalho. O presidente do departamento aguarda uma definição do Ministério da Integração.

– Tudo que precisava ser feito junto ao Ministério da Integração com relação à definição de projeto e liberação de recurso está pronto. Nesse momento, falta exclusivamente a aprovação desse plano de trabalho para que a gente possa efetivar a contratação e iniciar os serviços, o que deve acontecer na primeira quinzena de março.