Mais uma temporada de verão atrai milhares de turistas para Florianópolis e, pelo terceiro ano seguido, a Praia da Armação do Pântano do Sul não está totalmente restabelecida dos estragos da ressaca de 2010. Na manhã de sexta-feira, o novo secretário de obras e vice-prefeito de Florianópolis, João Amin, esteve na praia para acompanhar os trabalhos de ubanização do enrocamento da praia, que foram retomados na última quinta-feira após quase um mês de paralisação.

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Confira galeria da destruição em 2010

Amin estava acompanhado de engenheiros da empreiteira que coordena a obra, do engenheiro da prefeitura e de sete vereadores da Capital. Eles conversaram com o vice-presidente do Conselho Comunitário da Armação, Sérgio Aspar, que há seis anos mora no bairro e que fiscaliza de perto tudo o que acontece na praia desde a tragédia de 2010, quando fortes ondas reduziram consideravelmente a faixa de areia.

– Este ano o turismo está bem melhor do que no último ano e no verão de 2011, quando as pessoas vinham só para ver os estragos, um verdadeiro “turismo de tragédia” – conta Aspar. Mas ainda não está 100%, porque não tem tanta praia quanto tínhamos antes das ressacas.

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A revitalição é feita sobre o muro de pedras construído em 2010 para conter ainda mais o avanço das ondas. São 600 metros a partir da Igreja em direção ao Morro das Pedras. Ali já estão um deque de madeira e uma rampa para a praia. Na continuidade do deque, seguindo para o lado esquerdo da orla, existe um um calçadão e um gramado com bancos. A pedido da população, será implantado ainda um sistema de iluminação.

Cerca de 40% da obra já está executada, e a previsão da empreiteira é de que até o fim de março esteja concluída. O custo total previsto é de R$ 716 mil, sendo que R$ 343 mil já foram investidos pela Prefeitura de Florianópolis.

Em abril de 2012, quando o antigo secretário de obras, Luiz Américo Medeiros, anunciou que a prefeitura iria trabalhar na recuperação do trecho destruído, a previsão era de que em até sete meses após o início das obras o espaço estaria recuperado, ou seja, antes ainda do início da temporada de verão 2013. No entanto, apesar de o processo licitatório ter sido aberto e concluído em junho, as obras começaram somente em setembro.

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Menos de quatro meses depois, pouco antes do Natal, o trabalho foi interrompido por causa das festas de fim de ano e da mudança de gestão na prefeitura. O retorno havia sido anunciado para depois do carnaval, em fevereiro, mas foi decidido que seria melhor dar continuidade à obra, mesmo em meio à temporada de verão, para que o trabalho seja concluído o quanto antes.

Recuperação completa permanece indefinida

As obras de urbanização da área central do muro de contenção são, na verdade, apenas uma medida de emergência da prefeitura. O projeto de recuperação completa da praia, que inclui drenagem e engordamento da faixa de areia, foi adiado depois que a verba de R$ 13 milhões solicitados ao Governo Federal não foi repassada para a gestão municipal.

A verba do Ministério da Integração (MI) teria sido garantida em dezembro de 2011, pela assinatura de um empenho, mas, de acordo com o secretário Medeiros, o MI não teria assinado o empenho no prazo e o dinheiro acabou não sendo liberado para a prefeitura.

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O atual secretário João Amin garante que serão feitos esforços para as obras na Armação.

– O primeiro passo será um investimento de cerca de R$ 1,8 milhão no processo de licenciamento ambiental da obra – adianta o secretário.

Sobre a verba total para a execução da obra, estimada em R$ 17 milhões, Amin acredita que aproximadamente R$ 14 milhões devem vir do Governo Federal por meio de nova emenda parlamentar, e o restante poderá ser contrapartida da prefeitura.