As obras de recuperação da BR-283, entre Chapecó e São Miguel do Oeste, começaram a parar nesta segunda-feira por falta de recursos. Duas detonações de rocha que estavam previstas em Maravilha e Iraceminha foram canceladas. Outras quatro detonações em Chapecó e Nova Erechim, chegaram a ser canceladas pelo Departamento Nacional de Infraestrutra de Transportes, mas a empresa preferiu realizá-las por medida de segurança.

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De acordo com o chefe regional do DNIT em Chapecó, o engenheiro Diego Silva, na sexta-feira passada o órgão recebeu a informação do contingenciamento de verbas pelo Governo Federal. Como até março já foram gastos R$ 14,2 milhões na recuperação de 2 quilômetros de pavimento em Pinhalzinho, retirada de árvores , detonações, escavações e aterros para implantação de 14 quilômetros de terceiras faixas, que ainda não foram pavimentadas, as empresas vão parar de trabalhar até que ocorra uma definição. Na licitação realizada no final do ano passado estavam previstos R$ 15 milhões no orçamento. Mas neste início de ano foram previstos mais R$ 35 milhões, que acabaram sendo contingenciados.

– Eles ainda vão trabalhar para proteger o que foi executado, para não perder o que fizeram, além de fazer a sinalização, que foi uma exigência nossa, por causa da segurança, já que há trechos em que ficará um degrau – disse o engenheiro.

Diego Silva acredita que as empresas do consórcio formado pela Traçado, do Rio Grande do Sul, e a Gaia, de Maravilha, ainda não vão desmobilizar o canteiro de obras, aguardando uma solução.

A superintendência do DNIT em Santa Catarina disse que está buscando, junto com a bancada catarinense na Câmara Federal, a liberação dos recursos para que a obra não seja paralisada.

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O total do contrato licitado é de R$ 158 milhões. Ele prevê 33 quilômetros de terceiras faixas na BR 282, além de trevos e recuperação do pavimento. Também prevê obras de melhorias na BR-158, entre a BR-283, em Cunha Porã, até a ponte sobre o Rio Uruguai, em Palmitos.