Mais mercadorias estão passando pelos 216,6 km de linha férrea que separam Rio Negro, na divisa do PR com SC, de São Francisco do Sul. Pesquisa divulgada na quinta-feira pela Confederação Nacional dos Transportes mostra que o volume embarcado cresceu 29,4% no ano passado, comparativamente a 2009. E a capacidade de movimentação de carga se ampliou em 22,9%.
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Mas a soja, o óleo vegetal, o farelo, os produtos siderúrgicos, o milho, o trigo, os fertilizantes, a cevada, o arroz e as placas de madeira transportados estão gastando mais tempo para percorrer o trecho. As composições demoram, em média, 9,6 horas para fazer o percurso. A velocidade média é de 22,3 quilômetros por hora, 4,7% a menos do que no ano anterior, e inferior à média nacional, que é de 25 quilômetros por hora.
É a pior situação do Corredor São Francisco do Sul, que começa nas cidades paranaenses de Maringá e Londrina e é responsável pelo escoamento de parte da safra do interior do PR, MS e MT. Até Rio Negro, a velocidade chega a 45,5 quilômetros. Passagens de nível em áreas urbanas e invasões na faixa de domínio são alguns dos principais problemas que afetam as ferrovias no Norte do Estado.
Segundo a CNT, a eliminação desses gargalos é fundamental para melhorar o desempenho dos trens. A entidade estima que seria preciso investir R$ 259,75 milhões no Norte catarinense para facilitar o escoamento de mercadorias que chegam e partem do porto de São Francisco do Sul.
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As duas obras cruciais são os contornos de Joinville e de Jaraguá do Sul. As obras do primeiro começaram a ser feitas, mas foram suspensas após os escândalos no Ministério dos Transportes. O contorno de Jaraguá do Sul, com 30 km de extensão, ainda está no papel.