As obras de transposição do morro do Formigão, em Tubarão, com a construção de um túnel de 530 metros de comprimento, estão próximas do fim. Na sexta-feira, a escavação da parte norte encontrará a parte sul. Nesta segunda-feira eram apenas 25 metros que separavam os dois lados.
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Depois de aberta a ligação, de acordo com o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Avani Aguiar de Sá, faltariam 30% em obras complementares para a conclusão do túnel e a liberação. Pelo cronograma, a etapa a ser atingida na quinta-feira estava prevista só para maio. Mas ainda é cedo para o DNIT anunciar quando o tráfego será liberado no local.
– Serão feitas mais quatro detonações de rochas para varar o túnel – explicou Sá durante visita da Frente Parlamentar de acompanhamento das obras da BR-101.
As obras realizadas pelo consórcio formado pelas empresas JDantas e Novatecna começaram em fevereiro de 2013, com a participação de 180 operários que trabalham em jornadas de oito horas diárias, de segunda a sábado. Ao todo já foram retirados do local cerca de 45 mil metros cúbicos de granito e terra, o equivalente a 3.750 caçambas de caminhão. A obra de transposição do morro tem previsão para acabar em dezembro de 2014, dois meses antes do prazo inicial.
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Mas isso não significa que os veículos poderão trafegar pelo local a partir de janeiro de 2015. O trecho ainda precisa de obras complementares, com mais 470 metros que incluem a pavimentação das pistas, além da construção na nova ponte Juscelino Kubitschek sobre o rio Tubarão, também conhecida como ponte Cavalcanti, e a demolição da antiga. O túnel terá um só sentido, norte-sul.
Solo será rebaixado em 3,5 metros
Segundo o superintendente regional do DNIT, a licitação para a construção da nova ponte já foi homologada e as obras deverão começar em abril, conforme estimativa feita pelo órgão.
Após a escavação do túnel também começa o processo de rebaixamento do solo – 3,5 metros, com o desmonte de rochas comuns -, no qual não há necessidade de utilização de explosivos. Orçado em R$ 57 milhões (R$ 3,6 milhões é repasse mensal), o trecho já recebeu 60% do investimento.
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Os entraves burocráticos que atrasam o complemento das obras de duplicação da BR-101 provocaram um prejuízo de R$ 35 bilhões aos cofres públicos. A avaliação é da Frente Parlamentar criada em 2011 para acompanhar as obras.
– A engenharia brasileira é de primeiro mundo. Você pode ver que as obras estão adiantadas onde não houve entraves burocráticos – disse o deputado Ronaldo Benedet, presidente da frente.
Ponte de Laguna está adiantada
As obras de construção da Ponte Anita Garibaldi, entre os Kms 313 e 316 do trecho sul da BR-101, em Laguna, contrastam com a morosidade da duplicação da rodovia federal que se arrasta há pelo menos dez anos. Iniciada em junho de 2012, ela já poderá estar com a parte estrutural completa no final deste ano.
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A informação foi divulgada ontem pelo engenheiro do consórcio Ponte de Laguna, Luis Gustavo Zanin. No momento, 60% das obras da ponte já estão concluídos.
– Até o final do ano, o grosso da estrutura deverá estar finalizado. Falta um ano e dois meses para entregarmos no prazo e com qualidade. Tudo está se desenvolvendo conforme o planejado – declarou Zanin.
Todas as frentes de trabalho estão em atividade, com 1,6 mil funcionários que atuam entre as cabeceiras norte e sul, passando pelas áreas de fundação, de instalação das mãos-francesas (tipo de apoio), da pré-laje das pistas e dos trabalhos em terra. Até o final de abril, a parte de estaqueamento deverá estar concluída. Faltam seis estacas para o término das obras de fundação e três delas estão em fase de implantação, todas na cabeceira sul.
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O consórcio Ponte de Laguna, formado pelas empreiteiras Camargo Correa (50%), Aterpa (25%) e M.Martins (25%), também aguarda para o final do mês a chegada de uma treliça norueguesa para o início das obras do trecho estaiado, onde os dois mastros ainda estão em fase de construção. Apesar das obras estarem dentro do cronograma, uma eventual antecipação da entrega da obra ainda é descartada pelos responsáveis:
– É muito difícil adiantar (a obra) devido às particularidades do trecho estaiado. É um trecho complexo, uma parte única e vai depender muito do andamento dessa obra – diz Zanin.
Mesmo com a estrutura finalizada até o final do ano, não será na próxima temporada de verão que os motoristas poderão trafegar pela ponte que promete ser um marco turístico da região. De acordo com Zanin, está descartada uma liberação parcial da ponte, como acontece em trechos da rodovia que já foram duplicados.
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