O cenário da BR-470 entre o Litoral e o Médio Vale começou a mudar. Nos 73,2 quilômetros que serão duplicados de Navegantes a Indaial é possível ver pontos onde as obras já avançam. Operários trabalham nas mais diversas frentes: de corte de vegetação à detonação de rochas, mas a sensação que se tem é de que os passos ainda são mais lentos que o esperado. Mais de um ano depois da assinatura da primeira ordem de serviço para o início das obras nos lotes 3 e 4, em 18 de julho de 2013, não há trabalhos simultâneos em todos os locais.

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Veja o andamento de cada lote:

O primeiro ponto onde há intervenção é o Km 3, em Navegantes. Na lateral da rodovia há espaços que passaram por terraplanagem e é possível identificar uma espécie de pista. A partir do Km 5 há máquinas e operários envolvidos na retirada de terra e na abertura de novos espaços. No lote 1 o trabalho segue com terraplanagem e retirada de vegetação até por volta do Km 10.

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O próximo sinal de obras só é visto no lote 2, já em Ilhota, nos quilômetros 19 e 20, onde operários fazem as fundações para a duplicação de duas pontes. A região até Gaspar apresenta uma particularidade no solo, que precisa ser drenado. O procedimento também está em execução entre os quilômetros 27 e 30.

Um trecho de aproximadamente um quilômetro aterrado e com brita no início do lote 3, no acesso ao Bairro Belchior, em Gaspar, é a parte que parece mais avançada na obra. Atualmente, os trabalhos se concentram no Km 51, com a detonação de rochas no morro do acesso à Via Expressa, em Blumenau. O único lote onde não há obras é o 4. O canteiro de operações montado em Indaial foi retirado e não há máquinas ou operários na região.

A reportagem do Santa tentou contato com o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Santa Catarina, Vissilar Pretto, através da assessoria de imprensa, por telefone e e-mail, para que ele avaliasse o andamento das obras, mas foi informada de que ele não poderia atender por estar em viagem ao Oeste do estado. Porém, em audiência pública em Blumenau no mês de agosto, o superintendente substituto do DNIT, Alysson Andrade, reconheceu que um dos gargalos para o avanço das obras na rodovia federal são as desapropriações.

Os cerca de 900 processos de imóveis que a União terá de indenizar só devem ser concluídos em 2015, informou na época. Além disso, Andrade também esclareceu na audiência que o cronograma das obras só será divulgado depois de concluídas as desapropriações dos lotes 3 e 4.

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