Após os problemas de calendário, o Qatar deve enfrentar nova onda de críticas da opinião internacional após o jornal “The Guardian” denunciar o uso de trabalho escravo para construir estruturas que serão utilizadas na Copa do Mundo de 2022. Imigrantes do Nepal têm trabalhado em condições sub-humanas e, segundo documentos obtidos pela reportagem, 44 trabalhadores já morreram no verão qatari.
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Antes, as críticas se restringiam às condições climáticas do Qatar, já que no período em que normalmente é disputada a Copa do Mundo faz muito calor no país, impedindo muitas vezes a prática do futebol. Políticos tentam articular uma mudança de sede ou que o torneio seja disputado no inverno, no fim do ano, bagunçando o calendário do futebol internacional.
As acusações do “The Guardian”, porém, são mais sérias. Há evidências de trabalho escravo na construção de uma estrutura que será utilizada na Copa do Mundo de 2022. Trabalhadores nepaleses têm reclamado à embaixada de seu país que não são pagos por meses, com seus passaportes sendo retidos por seus empregadores para impedirem sua saída do Qatar. Durante obras no deserto, outros imigrantes reclamaram de que houve negativas aos pedidos de água potável.
Uma das estruturas citadas na reportagem do jornal inglês mostram trabalhadores nepaleses reclamando das condições enquanto construem Lusail, uma cidade que vem sendo feita do zero, e abrigará o estádio que será o lugar da final da Copa. O Comitê Organizador da Copa disse ao “The Guardian” que estádios e estruturas em geral diretamente ligadas ao torneio ainda não começaram a ser construídas, mas que estariam preocupados com as alegações e os governantes locais já estariam investigando.
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