Um estudo organizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e divulgado esta manhã em Florianópolis, aponta que as obras contratadas há mais de um ano pouco avançaram na BR-282 nos trechos que ligam Campos Novos a Ponte Serrada e de lá até São Miguel do Oeste. O levantamento afirma que até agora foram feitos apenas serviços de roçada e tapa buraco nas regiões.
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– O serviço foi contratado para amenizar os acidentes, o mais importante é a construção das terceiras faixas, melhorias no acostamento, as defensas metálicas, a recuperação do pavimento e as sinalizações e nada disso foi feito – observa o engenheiro Ricardo Saporiti, contratado para fazer o documento.
O prazo para a conclusão das obras é de cinco anos e prevê serviços na BR – 282 e também nos trechos das BRs 153, 470, 158 e 163. Saporiti alerta que o cronograma está apertado, mas acredita que ainda há tempo, porém é preciso uma cobrança para que ocorram de forma mais ágil.
De acordo com as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal de janeiro de 2007 a julho de 2011 ocorreram 6,26 acidentes por dia no trecho entre Palhoça e São Miguel do Oeste, sendo que uma pessoa morre a cada três dias, no local. Estes dados alarmaram a Fiesc que cobra agilidade nas obras para amenizar o número de acidentes que vem aumentando a partir de 2011.
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Fiesc vai cobrar soluções em Brasília
Para a realização das obras, o Dnit dividiu o trecho em três partes: Palhoça a Lages, Campos Novos a Ponte Cerrada e de lá até São Miguel do Oeste. Três empresas foram contratadas e de acordo com o estudo, o trecho entre Palhoça e Lages está avançando conforme o cronograma previsto, mas o atraso é evidente nos outros dois segmentos.
A conclusão do estudo foi encaminhada ao Ministério dos Transportes e em maio o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, pretende ir a Brasília para cobrar soluções do ministro, César Augusto Borges.
-Se tivermos rodovias em melhores condições, teríamos um custo menor com logística e mais competitividade- avalia Côrte.
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Devido as condições da rodovia, o presidente da Fiesc exemplifica que é mais caro transportar uma mercadoria de São Miguel do Oeste até o porto de Itajaí do que de lá para Europa.
– Os caminhões depreciam, os acidentes atrasam não se sabe quando a mercadoria vai chegar- lembra o presidente da Fiesc.