O que era para ser um restaurante popular hoje é apenas uma obra abandonada antes mesmo de ter sido concluída. Oficialmente, o acesso ao prédio fica na Rua Dois de Setembro, mas quem segue pela Via Expressa ou se desloca no sentido rodoviária também se depara com a situação. De longe o que se vê é uma laje perdida em meio a árvores e mato, bem ao lado da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (Etsus).

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Entre colunas, lajes e pontas de ferros enferrujados, além do mato, que toma conta do terreno, há tijolos acumulados, tubos de esgoto e lixo pelo chão: são restos de embalagens, garrafas de plásticos, sacolas. As cercas que contornam o local também estão cobertas pela vegetação. Nesta quarta três homens dormiam embaixo de uma das lajes, em meio ao mato.

Flávia Farias, dona de um restaurante ao lado, diz que à noite há grande circulação de pessoas pelo local. O estabelecimento já foi arrombado três vezes, e ela suspeita que os autores tenham sido os mesmos que frequentam o prédio.

O motorista José Adão Ribeiro Muniz mora perto dali e conta que em seu prédio já houve vários furtos. Do seu apartamento, por exemplo, foram levados celulares e documentos. – Acho que foi o pessoal que mora nessa obra abandonada. É mais um elefante branco.

::: Vídeo: vizinho ao prédio relata a situação de abandono

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::: E agora?

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Valdecir Mengarda, o prédio começou a ser construído na gestão anterior e deveria ser usado como restaurante popular. Ele explica que a atual administração decidiu não dar continuidade à obra porque julgou que o local não tinha condições de servir ao seu projeto inicial.

O secretário de Administração, Ronaldo Wan-Dall, disse que o prédio foi cadastrado num projeto do Ministério da Saúde. Se for aprovado, deverá se tornar uma central de distribuição de vacinas.