Em Florianópolis, uma obra parada há quase dois meses na Escola de Educação Básica Osmar Cunha, em Canasvieiras, traz insegurança a pais e alunos. Um bloco do prédio começou a ser construído em agosto e foi embargado pela justiça. Com a suspensão do trabalho, entulhos e água parada preocupam as famílias dos 800 estudantes matriculados na unidade.

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Depois que a construção começou, as crianças passaram a ter aulas no prédio da administração, mas a proximidade com o material de construção e a edificação danificada expõe professores e alunos a riscos de acidentes, como relata Ana, que é mãe de aluna.

– Essa obra já trouxe transtorno não só para as crianças, como para os pais. Minha amiga teve a filha que se machucou no colégio. Fora outras coisas, não tem saída de emergência. Lá atrás tem muito entulho, água parada. Eles começaram, nós ficamos bastante felizes, mas nossa alegria durou pouco.

Local perigoso

Eliara tem dois filhos na escola e uma delas ficou machucada depois de cair no local da obra.

– A minha menina, na parte lateral existe uma calçada, que quando chove fica escorregadia, e ela caiu, se machucou, tivemos que levar para o hospital, ficou um dia em observação. A gente quer ajuda das autoridades para resolver a situação- declarou.

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Ela diz que há salas de aula com diversos problemas.

– Tem alunos aqui do lado da obra e a gente fica com medo, porque é perigoso. Nos dias de chuva é perigoso, tem salas de aula alagadas e tem a dengue – completou.

Edital

De acordo com o Secretário adjunto de educação de Florianópolis Luciano Formighieri, a obra foi embargada pela justiça que identificou problemas no edital da licitação.

– Aqui não há um embargo de obra por erro de projeto, o que há aqui é uma decisão liminar do juiz que determinou que uma empresa inabilitada fosse habilitada a participar do processo. Ela havia sido inabilitada porque é um financiamento internacional. Existem determinadas regras para um financiamento internacional, com um seguro garantia, além do edital e essa empresa não havia cumprido essa regra. O juiz entendeu que isso não poderia desabilitá-la e portanto deu a oportunidade de que ela continuasse participando do processo – afirmou.

Formeghieri afirma que as crianças não foram removidas do prédio porque em Canasvieiras não há um prédio com capacidade para receber 800 alunos. Neste fim de semana, o local passará por uma limpeza. A obra será um investimento de R$ 7,5 milhões e a empresa que assumir o trabalho terá o prazo de um ano e quatro meses para conclusão.

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Com apoio da NSC TV