Há cerca de seis meses os moradores da Rua Paraguai precisam conviver com o transtorno diário de uma obra da prefeitura de Navegantes. A instalação de uma tubulação de esgoto no local até hoje não terminou: o calçamento não foi recolocado em parte da via e as lajotas estão espalhadas pelas calçadas, impedindo a passagem e até mesmo a entrada de veículos em algumas garagens.

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O morador Abelardo Dunker, 49 anos, conta que precisou retirar as pedras que estavam atrapalhando a entrada de sua garagem para poder sair com o automóvel ontem. De acordo com ele, a obra foi paralisada algumas vezes em função da chuva, mas nada que justificasse tanto atraso.

– Parece uma rua fantasma, já reclamamos com a prefeitura e ninguém faz nada. Ontem (segunda-feira) a rua estava cheia de água, não tinha como passar. Sem falar dos buracos com água parada, que podem causar doenças – afirma.

Dunker relata ainda que a obra causa transtornos até para receber visitas, pois os carros não podem passar devido ao barro e pedras espalhadas pela rua. Pelo menos 10 casas do bairro Gravatá tiveram as entradas bloqueadas no local.

A aposentada Terezinha Eger diz que muitas vezes teve que deixar o carro estacionado em outra rua próxima porque a entrada da casa estava bloqueada. A moradora também reclama que o esgoto que corre a céu aberto pela rua e provoca mau cheiro.

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– O sentimento é de esquecimento, revolta e abandono. Em janeiro vem o IPTU e todo mundo vai ter que pagar – desabafa.

Prefeitura diz que vai concluir obra nesta sexta-feira

O secretário adjunto de Obras de Navegantes, Jair Amorin, garantiu que a conclusão da obra ocorrerá até sexta-feira. Conforme ele, vários fatores atrasaram o término dos trabalhos, como a maré alta e as chuvas dos últimos meses.

– Quando se faz uma tubulação é preciso deixar um período para compactar a terra, devido ao tipo de terreno que temos em Navegantes. Além disso, quando começamos a obra tínhamos uma previsão, porém toda a tubulação estava deteriorada e tivemos que trocar tudo – argumenta.

Em relação aos acessos das casas que foram trancados, o secretário adjunto admitiu o erro e assegurou que já conversou com os operários para que isso não aconteça novamente – ontem, ao meio-dia, quando a reportagem esteve no local a situação permanecia igual.

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