Faltam apenas dois quilômetros para a conclusão das obras do contorno de Garuva – que tem 9 km no total – mas os motoristas não querem esperar. Com um jeitinho aqui, outro dali quem precisa seguir em direção a Joinville arranja uma forma de chegar até a BR-101 pelo caminho que ainda não está pronto.
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Desde 2011, quando começou o processo de desenvolvimento do projeto, o trecho é aguardado com ansiedade. Atualmente, o trânsito para chegar ao Porto Itapoá, inaugurado em dezembro de 2010, passa obrigatóriamente por dentro da cidade de Garuva, provocando congestionamentos. A situação é ainda pior duante a temporada de verão, quando turistas a caminho das praias da região passam pelo mesmo local. O peso dos caminhões também provoca ondulações na pista que não suporta o tráfego.
Mas a espera, causada principalmente por questões judiciais ligadas às desapropriações, está próxima de acabar. O Deinfra conseguiu imissão de posse de pelo menos dois imóveis desapropriados. A expectativa é de que os trabalhos sejam retormados ainda neste mês.
Vantagens e preocupações
Para os moradores da região que ganharam asfalto, a obra já mudou o preço dos imóveis. Um ano atrás José João Ribeiro Junior, 34, e Sueny Franciny da Silva Ribeiro, 25, compraram a casa no bairro Palmital, a poucos metros do asfalto por R$ 43 mil. Agora, o mesmo imóvel está avaliado em R$ 65 mil, contam os proprietários. Na época só havia estrada da barro.
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O vizinho mais à frente mora há 16 anos no local. Everton Leopoldino, 23, diz que sua casa valorizou 50% depois das obras. Segundo ele, de vez em quando vem gente olhar terreno por ali.
As familias só se preocupam com a velocidade dos carros que já passam por ali, especialmente por causa das crianças precisam atravessar a rua quando descem do ônibus vindo da escola. É o que diz a esposa de José, Sueny.
Outra preocupação do Everton é em relação ao escoamento da água. Ele teme que o asfalto interfira na passagem da água e pede atenção das autoridades para fazer galerias maiores.