Desde domingo, crescem exponencialmente as questões acerca da exposição “Queermuseu — Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, fechada um mês antes do previsto no Santander Cultural, em Porto Alegre. A instituição cedeu às pressões de uma parcela da opinião pública e de organismos como o MBL, que acusou a mostra de blasfêmia e de exibir pornografia, pedofilia e zoofilia. No meio da exposição – que pretendia mostrar diferentes visões da diversidade sexual por meio de temáticas LGBT —, e ao lado de nomes consagrados como Cândido Portinari, Alfredo Volpi e Ligia Clark, estava o joinvilense Luiz Henrique Schwanke, presente com um exemplar de sua famosa série popularmente conhecida como “Linguarudos”. A obra sem título, datada de 1985, trabalha com colagens e apresenta figuras (ou carrancas) que projetam uma língua que pode ser vista como um instrumento fálico.

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“A boca e a língua manifestam-se como mecanismos da fala e da expressão, justamente através de um homoerotismo que serve como contraestratégia política em um período de pré-transição para a democracia“, descreve o catálogo da mostra, cujo triste desfecho ao menos se curva a um dos propósitos centrais da arte: provocar a reflexão, nem que ela venha acompanhada de choque e repulsa.

Fazer o bem

Durante seis meses, Letícia Mello viajou sozinha por áreas remotas da Tailândia, do Camboja e do Vietnã, realizando trabalho voluntário em troca de comida e um teto. A experiência rendeu um livro, “Do for Love”, publicado no ano passado via financiamento coletivo. Totalmente independente é também “Um Dia eu Voltaria”, o documentário de Lucas Bogo que registra a volta de Letícia, três anos depois, aos locais onde ela esteve. O filme estreou em agosto, no Rio de Janeiro, passou por São Paulo e agora chega ao Sul, onde Joinville é uma das paradas. A exibição será hoje, às 20 horas, na Galeria 33, e terá a própria Letícia conversando com a plateia após a sessão. Os ingressos estão à venda no site sympla.com.br.

Frase

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“Se eu não fizesse outro filme, qual seria a história dela? Senti que eu precisava seguir a jornada de Mística porque devia isso aos fãs e à personagem. Só assim para ser justa com os filmes, ao invés de simplesmente dizer ‘não, não quero fazer outro X-Men!’ e desaparecer por completo. Todos ficariam confusos sem saber o que acontece com a Mística que acompanharam nos últimos três filmes.”

Jennifer Lawrence, em entrevista ao site Digital Spy, explica o motivo de ter aceitado fazer “X-Men: Dark Phoenix” após o fim de seu contrato com a Fox. O novo longa dos heróis mutantes estreará em novembro de 2018.

Encontro

Trabalhadores da área cultural, pesquisadores e agentes culturais estão convocados para um bom papo sobre o ofício e a memória hoje, no Instituto Juarez Machado. A relação dos profissionais com o acervo, o atendimento ao público, a pesquisa museológica, a difusão de conhecimento e projetos educativos desenvolvidos na área serão debatidos a partir das 17 horas. A iniciativa é do instituto e do Sistema Municipal de Museus de Joinville. Inscrições pelo email smmjlle@gmail.com.

Joinville a quatro mãos

Depois da estreia no MAJ, em março, a exposição “Dois Olhares Sobre Joinville” monta guarda a partir de hoje na Galeria Municipal Victor Kursancew, na Casa da Cultura. A exposição reúne 16 obras dos artistas joinvilenses Ademar César (E) e Amandos Sell, escolhidos pela designer de moda Fernanda da Silva Ortiz como personagens de sua conclusão do curso de história da arte. O projeto virou livro, com fotos de Daniel Machado, lançado junto com a mostra, no começo do ano. Elas também ficam à vista do público na galeria até o dia 29.

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Erudito

O Projeto Interlúdio, promovido mensalmente pela Sociedade Harmonia-Lyra, recebe nesta terça-feira, às 19 horas, o Danzi Duo, formado em 2013 pela pianista Sofya Gandilyan e pelo violoncelista Anderson Fiorelli. No recital de música de câmara, eles interpretam um “tributo a Mozart por Ludwig van Beethoven”. Os ingressos custam R$ 10.

Palhaço

Depois de Joinville, é o Sesc de Jaraguá que recebe “Silêncio Total – Vem Chegando um Palhaço” às 18 horas, sem cobrança de ingresso. No espetáculo, o ator Luiz Carlos Vasconcelos é Xuxu, palhaço que interpreta há 36 anos. Ele realiza mágicas, números musicais e de equilíbrio, a fim de revelar sua natureza humana e risível.

Dança

A Escola do Teatro Bolshoi é uma das atrações da noite de premiação do Edital Elisabete Anderle, hoje, na Capital. Os bailarinos de Joinville se apresentarão no Teatro Ademir Rosa ao lado de outras produções e artistas premiados nas recentes edições do edital, como a banda Cores de Aidê, o esquete teatral de “O Homem de Agrolândia” e a Cia. de Dança Lápis de Seda.