A expectativa de ser aberta uma nova licitação para retomar a pavimentação da Estrada Rio do Morro, entre Joinville e Araquari, no primeiro semestre deste ano, não se cumpriu. A obra ao longo dos 12 quilômetros da estrada – desde o fim da rua Monsenhor Gercino, no bairro Paranaguamirim, até a saída para o km 30 da BR-280 – parou no ano passado e ainda não há previsão para a conclusão dos trabalhos em cerca de 1,2 quilômetro da rodovia.
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A ordem de serviço para a pavimentação da estrada, vista como uma alternativa para desafogar o trânsito na BR-280 entre as duas cidades, foi assinada em outubro de 2012. Desde então, o Estado já investiu R$ 11.959.299,08 em 11 km de rodovia. O restante da obra, em três trechos curtos, ainda não foi finalizado.
Os trabalhos pararam no ano passado, culminando em uma rescisão de contrato amigável entre o governo do Estado e a empresa responsável pelas obras. A rescisão ocorreu de forma oficial no dia 7 de março. Para a retomada das obras, é preciso abrir uma nova licitação, planejada inicialmente para o primeiro semestre do ano.
De acordo com o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), em relação à nova licitação, termina ainda nesta semana o orçamento dos serviços remanescentes do contrato passado e, em seguida, será aberta a concorrência. Depois de escolhida, a empresa que assumir os serviços terá o prazo de um mês para iniciar as atividades no local.
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Não há, porém, uma data para o início e o término dos serviços.Dois dos trechos que não têm obras estão localizados na passagem dos trilhos ferroviários. O primeiro deles, localizado nas proximidades da Igreja Nossa Senhora do Bom Parto, tem cerca de 200 metros de estrada de chão. Cerca de um quilômetro à frente, na linha de passagem da linha férrea, há outro ponto sem obras. O terceiro trecho, no último quilômetro de acesso à rodovia federal, também não está finalizado.
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Segundo o Deinfra, no trecho onde passam os trilhos do trem, é necessária a construção de uma passagem de nível sobre a ferrovia. O projeto já foi encaminhado para a aprovação da concessionária da rede ferroviária. Além disso, no cerca de 1,2 km que falta para o término das obras, serão feitos serviços de terraplenagem, pavimentação e sinalização. Estão previstas ainda obras de arte corrente (canaletas, bueiros, sarjetas e drenagem).
Apesar da falta de asfaltamento, no trecho próximo à Chácara das Palmeiras e dos Sabiás, a situação já foi pior, conforme conta o metalúrgico José Evelino Pereira, de 48 anos. Ele passa de moto pelo local todos os dias por volta das 4h30 da manhã e no início da tarde. Morador de São Francisco do Sul, ele utiliza a Estrada Rio do Morro para chegar ao trabalho na Ciser. Segundo ele, o trajeto economiza cerca de 5 km em comparação com a rota que fazia antes do asfaltamento. Mesmo assim, buracos e a lama ainda incomodam onde não há pavimentação.
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– Não adianta lavar a moto por causa da poeira nos locais em que falta asfalto e ainda tem os perigos da falta, de sinalização nesses pontos. Isso é complicado, mas já foi pior. Em fevereiro, elevaram a estrada com macadame e pedras, o que reduziu os alagamentos. Antes, quando chovia, eu pensava: `Será que vou ou não vou [passar pela estrada]?¿ – recorda.