As esperanças de descobrir o paradeiro do avião da Malaysia Airlines desaparecidos aumentaram neste domingo, após a localização de um palete de madeira e vários cintos de segurança ou correias no Oceano Índico. Novos dados de um satélite francês, que detectou restos de objetos flutuantes na principal área de busca, segundo a Malásia, reforçam a impressão de que a investigação avança. A aeronave desaparecida no último dia 8 ia de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China, e tinha 239 pessoas a bordo.

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O ministro dos Transportes interino da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse ter recebido novas imagens de satélite de autoridades francesas que mostram objetos que poderiam ser destroços do voo MH370. Logo após a descoberta, a Malásia enviou as imagens ao centro de coordenação das operações de resgate da Austrália.

-Ainda é cedo para serem conclusivos, mas temos agora várias pistas confiáveis, e existe uma esperança crescente de descobrir o que aconteceu com este avião infeliz- disse o premier australiano, Tony Abbot.

A Autoridade Australiana de Segurança Marítima (Amsa) confirmou que um dos aviões civis que participam das buscas localizou os objetos, a primeira visualização desde o começo da procura pela aeronave desaparecida. O coordenador das operações aéreas da Amsa, Mike Barton, explicou que os paletes são usados para embalar mercadorias nos aviões, motivo pelo qual a descoberta pode ser uma pista.

-Até que possamos observar os objetos melhor, não podemos dizer se eles estão relacionados- assinalou.

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Quatro aviões militares e quatro aparelhos civis enviados à região para tentar localizar novamente os objetos não observaram nada de significativo. Segundo a imprensa local, a China enviou sete barcos, que se somam aos que já operam no lugar.

O navio da Marinha australiana HMAS Success chegou na tarde de ontem à área de buscas, onde já operam dois navios mercantes.

Um avião P3 Orion da Força Aérea Real da Nova Zelândia dotado de equipamentos de observação eletro-óptica também chegou à região, mas detectou apenas bancos de algas.

Dois terços dos 227 passageiros eram chineses, e a irritação cresce entre seus familiares pela forma como as autoridades malaias têm conduzido a crise. Duas semanas após o desaparecimento, os investigadores malaios estavam convencidos de que o avião havia sido desviado deliberadamente. Foram levantadas três hipóteses para explicar o desaparecimento: sequestro, sabotagem feita pelos pilotos, ou uma crise repentina, que incapacitou a tripulação e levou o avião a voar com o piloto automático por horas, até o fim do combustível e a queda no mar.

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A descoberta de restos no sul do Índico pode sustentar a teoria de sequestro, na qual acredita a maioria dos familiares.