Uma fórmula que relaciona o índice de massa corporal (IMC) dos pais antes da gravidez, o peso da mãe durante a gestação e o peso do bebê ao nascer, agregando a profissão da mãe, tabagismo durante a gravidez e o número de filhos da família. Esses são os dados utilizados por cientistas da Imperial College de Londres para encontrar uma equação que avalia o risco de obesidade e projeta o peso futuro da criança.

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É a primeira vez que se utilizam essas informações combinadas para prever o risco de sobrepeso na infância. A obesidade é fator relacionado com doenças crônicas, como diabetes e câncer, além de problemas cardiovasculares.

O coloproctologista e coordenador do Centro de Prevenção do Câncer da Clinionco, Rafael Castilho Pinto, avalia que o estudo pode ser usado como um alerta para que os pais tenham cuidados com as crianças desde cedo no sentido de prevenir a obesidade.

– Mesmo que o resultado inicial seja desfavorável, a tendência pode ser revertida com hábitos de vida saudáveis praticados na família – destaca.

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Como explica Castilho, para o câncer, a obesidade estimula a secreção de várias substâncias no organismo que predispõem ao mau funcionamento celular, o que leva ao risco de alterações neoplásicas nessas células.

– Estima-se que a obesidade seja fator de risco principal em aproximadamente 20% dos casos de câncer e, se associamos com a má alimentação e a falta de atividade física, será responsável por mais de um terço dos novos casos da doença no mundo – conclui.

A amostra para o estudo da universidade britânica envolveu 6,5 mil crianças finlandesas, italianas e americanas.

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