A obesidade representa um fator de risco para inúmeras doenças. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que a obesidade é responsável por aumentar a incidência de diversos tipos de tumores, especialmente o de mama, colorretal e próstata. Ainda, para esses casos, a obesidade está associada com a incidência mais agressiva do câncer.
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> Mortes por câncer de próstata na região Sul estão acima da média nacional
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens e o segundo maior causador de óbitos. A Dra. Cristiane Fabiani, oncologista que atua no Centro Especializado de Oncologia de Florianópolis (CEOF), aponta que há a necessidade de aumentar a conscientização sobre os fatores de risco, em especial a obesidade, que pode ser evitada através da adoção de hábitos saudáveis.
— A obesidade não está associada somente ao excesso de gordura corporal, como também a níveis séricos alterados de vários hormônios, incluindo testosterona, estrogênio, bem como resistência à insulina, que em algum grau tem sido associada ao câncer de próstata — destaca a médica.
Um estudo, publicado pela revista britânica BCM Magazine, revelou que a cada dez centímetros de cintura em um homem, os riscos de morte por câncer de próstata aumentam em 7%. Ou seja, quanto maior a gordura corporal, as probabilidades de um tumor fatal também aumentam.
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A Dra. Cristiane explica que o excesso de gordura corporal aumenta a produção de substâncias que estimulam o crescimento das células, a inflamação dos tumores e a instabilidade genômica. Ainda, como consequência, acontecem mutações e reduções da morte celular programada. O resultado dessas alterações no organismo é uma redução dos mecanismos de defesa do tumor, tornando os pacientes obesos mais vulneráveis ao desenvolvimento da doença.
Como prevenir
Adotar hábitos saudáveis é um dos mecanismos mais eficientes no combate à diversas doenças, em especial, o câncer de próstata. É comprovado que, uma dieta saudável — rica em frutas, legumes, verduras, cereais, e com menos gordura e ingredientes processados — ajuda a diminuir a incidência de câncer. Ainda, é indicado fazer, no mínimo, 30 minutos de exercícios por dia.
— Manter um peso adequado e saudável durante a vida é uma forma de prevenção para esse e outros tipos de câncer. Alimentos pouco processados de origem vegetal são ricos em nutrientes e fibra dietética. O maior consumo desses alimentos, ao invés dos processados ricos em gordura, amidos refinados e açúcares, proporciona uma dieta mais rica em nutrientes essenciais e mais eficaz para regular a ingestão de energia — comenta Cristiane.
Ainda, conforme orienta a Dra. Cristiane, deve-se evitar o tabagismo, o consumo de álcool, carnes vermelhas secas, salgadas e defumadas, bebidas açucaradas e alimentos de consumo rápido ricos em gorduras e açúcares.
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Alimentos indicados para prevenir câncer de próstata:
- Grãos Integrais;
- Vegetais não amiláceos (batata, aipim, inhame, cará);
- Frutas;
- Vegetais verdes-escuros;
- Leguminosas, como soja, feijão, lentilha, entre outros;
- Oleaginosas, como nozes, amêndoas, amendoins;
Rotina de exercícios é sinônimo de saúde
No combate ao câncer de próstata, adotar uma rotina de atividades físicas é fundamental. Além de contribuir para evitar a obesidade, exercícios contribuem para reduzir o estresse oxidativo, o que prejudica o metabolismo intracelular e gera danos ao DNA, RNA, lipídios e proteínas.
— O exercício físico é de extrema importância para diminuir a gordura corporal e visceral e melhorar a sensibilidade à insulina. Ainda, tem demonstrado efeitos imunomoduladores, aumentado a imunidade e promovido a vigilância do câncer. Estudos recentes mostraram que o exercício aeróbico pode diminuir a carcinogênese. A OMS recomenda que adultos façam atividade física semanal moderada de 150 a 300 minutos ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa, quando não houver contraindicação — afirma a Dra. Cristiane.
Ainda de acordo com ela, é importante ressaltar que o câncer de próstata pode acometer qualquer homem. Mas, as pessoas devem saber que suas escolhas individuais podem aumentar ou diminuir esses riscos. Portanto, cuidar da saúde através de exercícios, alimentação saudável e visitas regulares ao médico são escolhas preventivas, que garantem imunidade e qualidade de vida mesmo quando há riscos associados.
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