O presidente Barack Obama ordenou que sua equipe estude a admissão de pelo menos 10.000 refugiados da Síria aos Estados Unidos no próximo ano – informou a Casa Branca.

Continua depois da publicidade

Diante das críticas de que o governo Obama não está fazendo o suficiente para ajudar os sírios que fogem da brutal guerra civil em seu país, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o presidente pediu preparações para que sejam aceitos ao menos 10.000 refugiados no próximo ano fiscal, que começa em 1º de outubro.

Com a opinião pública global atônita com as imagens dos refugiados que chegam à Europa, aumenta a pressão para que os Estados Unidos ajam rápido.

Atualmente, os Estados Unidos aceitam cerca de 70.000 refugiados de conflitos e perseguições por ano, mas têm evitado receber sírios. O país já recebeu pelo menos 1.500 refugiados no ano fiscal corrente.

Os refugiados da Síria são submetidos a uma rígida verificação de segurança para impedir a entrada de extremistas em território americano.

Continua depois da publicidade

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) recomendou às autoridades americanas 17.000 casos de sírios para que sejam eventualmente instalados no país, enquanto o temor da chegada de jihadistas ultrarradicais por esse mecanismo ocupa um lugar central no debate político americano.

Nesse contexto, a Casa Branca garantiu que a segurança do território é “a prioridade número um” da Administração.

“Posso lhes assegurar que os refugiados passam pelo processo de segurança mais rigoroso que existe”, frisou Josh Earnest, referindo-se aos controles realizados pelo Centro Nacional de Luta contra o Terrorismo e pelo FBI, a Polícia Federal americana, ou às entrevistas individuais às quais devem se submeter. O processo dura entre 12 e 18 meses em média, completou.

A lentidão desse processo administrativo é, com frequência, denunciada pelas organizações de direitos humanos.

Continua depois da publicidade

No plano diplomático, o secretário de Estado americano, John Kerry, multiplica há semanas as consultas com Rússia e Arábia Saudita para buscar uma saída política para o conflito sírio. Desde 2011, já são mais de 240.000 mortos.

* AFP