O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, instruiu o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, a explorar todas as formas legais para bloquear o pagamento de US$ 165 milhões em bônus aos executivos da American International Group (AIG). Obama classificou como “degradante” o pagamento do bônus.

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Edward Liddy, executivo-chefe da AIG, considerou o pagamento “desagradável”, mas disse que a seguradora é obrigada por contrato a fazê-los

Em declarações na Casa Branca nesta segunda-feira, por ocasião da apresentação de um plano para ajudar as pequenas empresas, Obama afirmou que esses bônus, concedidos depois que a AIG pediu ajuda ao governo para sobreviver, “ressalta a necessidade de uma reforma exaustiva no sistema regulador financeiro”.

Segundo o presidente americano, a AIG é “uma empresa que se encontra imersa em problemas econômicos devido a sua avareza e sua temeridade”.

– É difícil aceitar que diretores da AIG mereçam qualquer bonificação, muito menos pagamentos extras de US$ 165 milhões. Como justificam este escândalo aos contribuintes que mantêm esta companhia operando? – questionou.

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Segundo Obama, a objeção a essas bonificações “não é apenas uma questão de dólares e centavos. É sobre nossos valores fundamentais”.

– O que esta situação ressalta é a necessidade de uma reforma exaustiva do sistema regulador financeiro, para que não voltemos a nos encontrar nesta posição – disse.

Além disso, reivindicou “algum tipo de mecanismo de resolução em casos de instituições financeiras com problemas, para que se possa ter mais autoridade no momento de proteger o contribuinte americano e o sistema financeiro em casos como este”.

O governo de George W. Bush se viu obrigado a adquirir, em setembro do ano passado, quase 80% das ações da AIG para evitar que o colapso da seguradora arrastasse o resto do sistema financeiro.

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