Agir, mesmo sem o Congresso, e reduzir a desigualdade social.

Essas são as promessas do presidente americano Barack Obama, que tenta desfazer a imagem de paralisia do governo em ano eleitoral – em novembro, os Estados Unidos renovarão a Câmara e parte do Senado.

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Hoje, Obama faz o tradicional Discurso sobre o Estado da União (leia aqui a íntegra do discurso de 2013), quando os presidentes dos EUA falam das prioridades do governo e de seus projetos legislativos, que dependem de aprovação do Congresso. O discurso começa às 21h (meia-noite em Brasília).

– Temos muito a fazer em 2014. Este vai ser um ano de ação – repetiu o líder várias vezes nos últimos dias.

O objetivo de Obama é reverter o recorde negativo de popularidade – entre 39% e 44% na maioria das pesquisas. Como a Câmara é controlada pela oposição republicana, projetos do democrata, apresentados nessa mesma ocasião no passado, nem foram votados, da reforma imigratória ao aumento do salário mínimo, além do controle na venda de armas de fogo e de políticas de estímulo econômico.

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A intenção é passar uma “mensagem dura” ao Congresso, anunciando ordens executivas (o equivalente às medidas provisórias brasileiras).

– Tenho uma caneta. E posso usá-la para assinar ordens executivas e tomar medidas executivas e administrativas para ajudar a assegurar-nos que nossos filhos estão recebendo a melhor educação possível, e que nossas empresas têm o tipo de apoio que necessitam para crescer – resumiu o presidente em meados de janeiro.

A declaração já rendeu à política de 2014 de Obama o apelido de política “caneta e telefone”, mas os analistas não esperam com isso grande impacto social. Entre as medidas “caneta e telefone” estão o aumento do salário mínimo para prestadores de serviço federal e um pacto com empresas para que não discriminem desempregados.

O cenário otimista da economia ainda é o principal triunfo do presidente. O desemprego está abaixo de 7%. No pior momento da crise em 2009, chegou a 10%. Este mês, Obama anunciou fábricas na Carolina do Norte e iniciativas de empreendedorismo em cinco cidades que lutam contra o desemprego. Todas promessas de 2013.

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Participam desses discursos todos os membros do Congresso, da Corte Suprema e do governo, com a exceção de um “sobrevivente designado”, que assiste à distância para garantir a sucessão em caso de atentado.